'W', o filme, é melhor que W, o presidente
Sérgio D'Ávila
George W. Bush luta com todas as armas que ainda restam e o pouco tempo que sobra a sua Presidência para não entrar para a história apenas como aquele que deixará a seu sucessor não só a pior crise financeira das últimas décadas como duas guerras em andamento. Pois o filme W., cinebiografia dirigida por Oliver Stone que estreou sexta nos EUA, não ajudará seu legado.
Com foco na Guerra do Iraque, o longa pinta um retrato de um presidente despreparado que, movido por convicção religiosa e desejo de se livrar da sombra do pai, leva o país e o mundo a um dos conflitos mais equivocados da história recente.
Seria só mais uma crítica a Bush, não fosse o diretor uma voz ativa — polêmica e progressista, mas ativa — na discussão política norte-americana. Stone já mirou as lentes em outros dois presidentes americanos: JFK, sobre o processo que se seguiu ao assassinato do democrata em 1963, e Nixon, sobre o processo que levou à renúncia do republicano em 1974.
A repercussão em torno do primeiro levou uma comissão do Congresso a reexaminar as circunstâncias do crime. É pouco provável que algo tão dramático aconteça com W., pois os fatos não são inéditos e foram retirados, segundo Stone, de importantes livros de não-ficção — como a série do jornalista Bob Woodward sobre Bush.
Ainda assim, a obra já causa barulho. ... leia a íntegra
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