Esquema de PSB e PSDB já roubava o dinheiro de merenda e de fardamento escolar. Modo tucanus de governar adotado por Eduardo Campos. Talvez poucos tenham conhecimento desse escândalo, por causa da blindagem da mídia em Pernambuco e no Brasil.
Mas, como você pode conferir na
compilação abaixo, houve indiciamento, houve busca e apreensão, fartas provas,
confissões, etc etc. Provas, inclusive,
de uso de verbas roubadas na campanha de Eduardo Campos (afinal um avião não
custa pouco, não é mesmo?). Parceiro de Eduardo: o senador Fernando Bezerra.
A justiça tem tudo isso na mão desde 2007. A tragédia maior é o escancaramento do
partidarismo da justiça e os interesses escusos da mídia.
Todos
eles são acusados pela PF por gestão fraudulenta de instituição financeira,
lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores, e uso de documento falso.
Blindagem – Em
2013, uma decisão do Tribunal Federal da 5ª Região (TRF5) ordenou que
parte das investigações da PF tivesse tratamento de ação penal comum com foro
local. Mas, apesar da gravidade das denúncias, o escândalo foi solenemente
ignorado pela imprensa pernambucana. O silêncio em torno do assunto e a
complexidade para criminalizar a ação dos envolvidos poderá, inclusive, livrar
os acusados graças à prescrição das penas.
PF liga PSB e PSDB a esquema bilionário de
corrupção em Pernambuco
Apenas da Petrobras, investigação identificou R$
5,7 milhões desviados às empreiteiras contratadas para grandes obras no estado
Por
Márcio Morais
Um dos coordenadores da campanha do tucano Aécio
Neves no estado de Pernambuco, Geraldo Cisneiros, e o ex-deputado federal pelo
PSDB Bruno Rodrigues, agora no PSB, comandavam um esquema de corrupção
descoberto pela Polícia Federal com ramificações por diversos órgãos estaduais.
O esquema, segundo a PF, surrupiou dinheiro da
educação (merenda e fardamento escolar), saúde (terceirização de serviços médicos,
Unidades de Pronto Atendimento e medicamentos), combustíveis, recursos humanos
(contratação de funcionários fantasmas) e empreendimentos no Porto de Suape.
Há, também indícios de fraudes financeiras na Fundação Previdenciária do Estado
(Fundepe), que passa por dificuldades.
Cisneiros e Rodrigues são dois dos principais
protagonistas do inquérito 433/2007 da PF, ora em trâmite no Fórum de Jaboatão
dos Guararapes, região metropolitana de Recife. Foi lá que tudo começou, com
uma investigação sobre exploração do jogo do bicho pelo doleiro Severino Jordão
Emereciano, acusado de manter ligações com autoridades locais. O doleiro era
dirigente do PSDB e chegou a se candidatar ao cargo de vereador em Jaboatão.
(...)
As operações da PF – Jogo do Bicho, Farda Nova e
Zelador – acabaram por expor a intensa atividade de tráfico de influência,
lavagem de dinheiro e corrupção de políticos do governo do falecido governador
Eduardo Campos, do PSB, em conluio com empresários. Nas escutas feitas pela PF
coma autorização judicial, algumas das negociações do grupo são identificadas
como “negócios do petróleo” – uma referência à construção da refinaria de
Ipojuca, próxima a Jaboatão dos Guararapes.
(...)
O inquérito revela que auditoria especial do
Tribunal de Contas da União (TCU) identificou os responsáveis pelo desvio: o
então diretor-superintendente do complexo portuário de Suape, Fernando Bezerra,
ex-ministro da Integração Nacional e senador eleito pelo PSB, e Claudino
Pereira, ex-diretor do porto.
O documento esclarece que os dois autorizaram a
doação de 995,5 mil metros cúbicos de areia, embora contratualmente as receitas
pertencessem à Petrobras. Do total, 760,4 mil metros foram extraídos da
dragagem do porto. Contratualmente, as receitas pertenciam à estatal.
A dobradinha passou a responder pelos dois partidos
no esquema: um cuidava dos interesses do PSDB, o outro, do PSB. Foi quando a PF
identificou “uma verdadeira quadrilha”, no qual o doleiro e o tesoureiro de
Eduardo Campos direcionavam licitações milionárias nos órgãos do estado para
favorecer o esquema de corrupção.
A partir da investigação sobre jogo do bicho
explorado pelo doleiro Emereciano, a polícia acabou por identificar 29 núcleos
criminosos, cada qual descrito no relatório final do inquérito enviado à
Justiça. Foram listados os integrantes da quadrilha e feitas as tipificações
dos crimes por eles cometidos.
Sangria na Petrobrás – A Petrobras aparece como um dos alvos do esquema
de corrupção descoberto pela PF. De acordo com o inquérito, o Consórcio
Terraplanagem, responsável por obras no complexo do Porto de Suape para
construção da refinaria Abreu e Silva e o estaleiro Atlântico Sul, desviou,
junto com a prefeitura de Ipojuca e várias empresas que participavam das obras,
R$ 5,7 milhões da estatal em areia de aterro e da dragagem do porto.
Tudo com autorização de autoridades do estado,
entre os anos de 2007 e 2008 – período em que Campos era governador de
Pernambuco. Desse total, R$ 572,2 mil chegaram a ser faturados pela Petrobras
ao consórcio, mas a PF informa no inquérito que, mesmo com a formalização da
operação de venda da areia, o valor não foi pago.
(...)
O inquérito policial federal foi aberto,
inicialmente, em 2007, ano seguinte à posse de Eduardo Campos como governador
do estado. Após seis anos de investigações sigilosas, resultou em distintas
ações penais. Isso porque os delitos ali encontrados foram tipificados, ora
como crimes comuns, ora como federais.
O inquérito tem cerca de 40 volumes de documentos,
com milhares de páginas, entre relatórios, documentos com a quebra de sigilo de
muitos investigados, centenas de cópias de cheques e extratos de
contas-corrente e dezenas de CDs com a gravação de horas de grampos
digitalizados e transcritos.
Entre eles, diálogos entre investigados e o
ex-governador do PSB, no qual Eduardo Campos cobra do presidente da Ceasa, seu
ex-tesoureiro de campanha, Romero Pontual, a realização de uma licitação na
Secretaria da Educação.
A PF estranhou o fato de Pontual, ainda hoje
responsável no governo pela área de abastecimento de produtos agrícolas, ter
sido escalado por Campos para tratar de assunto totalmente alheio aos
interesses da Ceasa.
(...)
Todos eles são acusados pela PF por gestão
fraudulenta de instituição financeira, lavagem ou ocultação de bens, direitos e
valores, e uso de documento falso.
Blindagem – Em 2013, uma decisão do Tribunal Federal da 5ª
Região (TRF5) ordenou que parte das investigações da PF tivesse tratamento de
ação penal comum com foro local. Mas, apesar da gravidade das denúncias, o
escândalo foi solenemente ignorado pela imprensa pernambucana. O silêncio em
torno do assunto e a complexidade para criminalizar a ação dos envolvidos poderá,
inclusive, livrar os acusados graças à prescrição das penas.
Mesmo porque a PF identificou o braço do esquema
responsável pela proteção e blindagem das irregularidades nas licitações
fraudulentas: a Procuradoria Geral de Justiça do Estado (PGE), cujo papel é
exatamente o de fiscalizar e zelar pelas boas práticas administrativas e pelo
correto emprego do dinheiro público.
O inquérito revela que, nesse ponto, entrou em
campo o “homem forte do PSB”, Romero Pontual, presidente da Ceasa, com forte
influência sobre as demais autoridades. “Ele era uma espécie de PC Farias do
esquema”, afirma Noelia Britto, procuradora da prefeitura de Recife.
No relatório, a PF constata a influência de Pontual
sobre a PGE. Fala das ligações do presidente da Ceasa com Tadeu Alencar,
procurador-geral do estado, acusado de direcionar o processo para que uma outra
procuradora, Taciana Xavier, opinasse favoravelmente à dispensa de licitação.
(...)
Um dos coordenadores da campanha do tucano Aécio
Neves no estado de Pernambuco, Geraldo Cisneiros, e o ex-deputado federal pelo
PSDB Bruno Rodrigues, agora no PSB, comandavam um esquema de corrupção
descoberto pela Polícia Federal com ramificações por diversos órgãos estaduais.
O esquema, segundo a PF, surrupiou dinheiro da
educação (merenda e fardamento escolar), saúde (terceirização de serviços médicos,
Unidades de Pronto Atendimento e medicamentos), combustíveis, recursos humanos
(contratação de funcionários fantasmas) e empreendimentos no Porto de Suape.
Há, também indícios de fraudes financeiras na Fundação Previdenciária do Estado
(Fundepe), que passa por dificuldades.
Cisneiros e Rodrigues são dois dos principais
protagonistas do inquérito 433/2007 da PF, ora em trâmite no Fórum de Jaboatão
dos Guararapes, região metropolitana de Recife. Foi lá que tudo começou, com
uma investigação sobre exploração do jogo do bicho pelo doleiro Severino Jordão
Emereciano, acusado de manter ligações com autoridades locais. O doleiro era
dirigente do PSDB e chegou a se candidatar ao cargo de vereador em Jaboatão.
Artigo na íntegra: http://www.pt.org.br/pf-liga-psb-e-psdb-a-esquema-bilionario-de-corrupcao-em-pernambuco/
Mais sobre a corrupção que emperra na justiça: http://divulgapetrolina.com/policia-federal-faz-apreensao-em-fundacao-de-fernando-bezerra-coelho/
Mais sobre a corrupção que emperra na justiça: http://divulgapetrolina.com/policia-federal-faz-apreensao-em-fundacao-de-fernando-bezerra-coelho/