Pequeno trecho da entrevista do Ministro Franklin Martins à Edna Cristina de Góis, da Revista do Correio deste Domingo:
"Na entrevista para o novo livro de Zuenir Ventura, o senhor disse que se arrepende da luta armada.
- Não gosto muito desse negócio de identificar erro. Todos nós erramos. O maior erro naquela época era apoiar a ditadura. Eu lutei contra a ditadura, estava do lado certo. Às vezes, o importante não é ganhar. Mas quem não luta renuncia a qualquer dignidade. Eu não renuncio de nenhuma forma. Você acha que a luta armada foi um erro? Acho que naquelas condições a luta armada não ajudou, não fortaleceu a resistência ou enfraqueceu. Mas, ao mesmo tempo, deixou plantada a semente onde se cavou um fosso entre à ditadura e a resistência. Se o Brasil hoje é mais democrático, em grande parte é porque teve gente que jogou a vida para ele ser. Muita gente que critica - às vezes são jornais - apoiou a ditadura. Só deixaram de apoiar quando a ditadura começou a patinar. Equívoco é de quem não lutou contra a ditadura.
A ironia do senador Agripino com a ministra Dilma Roussef causou comoção. Tem como ser tolerante nessa situação?
- Eu posso ser tolerante com o senador Agripino. Acho que a Dilma deve ser tolerante. É difícil quem não se opôs à ditadura, quem não sofreu debaixo dela e, muitas vezes, quem se beneficiou dela entenderem toda a sua extensão: ditadura, terrorismo do Estado, tortura, assassinatos, seqüestros. Eles não viveram isso. Estavam do outro lado. Não conseguem entender. Mesmo assim, devemos ser tolerantes. Todo mundo tem direito de errar e errar muito, mas uma pessoa, que se beneficiou, compactuou, deve ter uma certa humildade e não dar lição de democracia a quem esteve do outro lado arriscando a própria vida. "
Esse nosso ministro é muito bom, mesmo. Valeu, ministro.
"Na entrevista para o novo livro de Zuenir Ventura, o senhor disse que se arrepende da luta armada.
- Não gosto muito desse negócio de identificar erro. Todos nós erramos. O maior erro naquela época era apoiar a ditadura. Eu lutei contra a ditadura, estava do lado certo. Às vezes, o importante não é ganhar. Mas quem não luta renuncia a qualquer dignidade. Eu não renuncio de nenhuma forma. Você acha que a luta armada foi um erro? Acho que naquelas condições a luta armada não ajudou, não fortaleceu a resistência ou enfraqueceu. Mas, ao mesmo tempo, deixou plantada a semente onde se cavou um fosso entre à ditadura e a resistência. Se o Brasil hoje é mais democrático, em grande parte é porque teve gente que jogou a vida para ele ser. Muita gente que critica - às vezes são jornais - apoiou a ditadura. Só deixaram de apoiar quando a ditadura começou a patinar. Equívoco é de quem não lutou contra a ditadura.
A ironia do senador Agripino com a ministra Dilma Roussef causou comoção. Tem como ser tolerante nessa situação?
- Eu posso ser tolerante com o senador Agripino. Acho que a Dilma deve ser tolerante. É difícil quem não se opôs à ditadura, quem não sofreu debaixo dela e, muitas vezes, quem se beneficiou dela entenderem toda a sua extensão: ditadura, terrorismo do Estado, tortura, assassinatos, seqüestros. Eles não viveram isso. Estavam do outro lado. Não conseguem entender. Mesmo assim, devemos ser tolerantes. Todo mundo tem direito de errar e errar muito, mas uma pessoa, que se beneficiou, compactuou, deve ter uma certa humildade e não dar lição de democracia a quem esteve do outro lado arriscando a própria vida. "
Esse nosso ministro é muito bom, mesmo. Valeu, ministro.
Leila
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