quinta-feira, 28 de abril de 2011

Garage Olimpo

Belo filme Argentino. O diretor é Marco Bechis. Mostra as entranhas da tortura e a monstruosidade da ditadura Argentina, que - afinal - tinha os mesmos orientadores militares vindos da América do Norte.

O título se refere a um centro de detenção clandestino em Buenos Aires. Lá se torturava, se matava e se dava sumiço em pessoas que lutavam por democracia, em crianças tornadas órfãs. Las Madres de Mayo surgiram na luta por saber de seus filhos que desapareceram nas masmorras do Estado constituído. O período da Ditadura foi de 76 a 83, mas ainda hoje buscam os corpos de muitos filhos desaparecidos e, hoje, buscam também resgatar as crianças que foram sequestradas e criadas como filhos dos assassinos que mataram os pais dessas crianças, que hoje tem 30, 40, 50 e algumas mais que isso.

Veja aqui a primeira parte do filme disponibilizado integralmente em 11 partes, nesse endereço. Vale muito a pena.



Garage Olimpo es una película argentina, es la historia de la detención clandestina, tortura y muerte arrojada de un avión de María, una activista política y alfabetizadora, llevada a un centro clandestino de detención conocido como Garage Olimpo, que estuvo ubicado en la ciudad de Buenos Aires. La historia está ambientada durante la dictadura militar que gobernó la Argentina entre 1976-1983

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Fantasmas da Ditadura


Reportagem especial do Jornal SBT Brasil

Na semana que fez aniversário o golpe militar que depôs João Goulart (Jango) e instaurou no país a ditadura militar que perdurou por 21 anos, o SBT realizou uma série de reportagens que lançam luz no debate sobre a impunidade dos torturadores.

Reportagem de Sérgio Visch; Produção Sérgio Boselli; Imagens Claudemir Puga; Edição de texto Fabiano Falsi

Pela Apuração da Verdade! O Brasil não Esquece.

sábado, 16 de abril de 2011

Ação criminosa do fascismo abortada



Sérgio Macaco: o homem que fez diferença



Dia 12 de junho de 1968, o capitão para-quedista Sérgio Ribeiro Miranda de Carvalho, convocado a uma reunião, foi recebido no gabinete do ministro da Aeronáutica pelos brigadeiros Hipólito da Costa e João Paulo Burnier, que viria a se tornar conhecido como torturador e assassino.

Sérgio era admirado por indianistas como os irmãos Vilas-Boas e o médico Noel Nutels. Foi amigo de caciques como Raoni, Kremure, Megaron, Krumari e Kretire. Os índios o chamavam "Nambiguá caraíba" (homem branco amigo). Aos 37 anos, Sérgio Macaco (como era conhecido na Aeronáutica) já tinha seis mil horas de vôo e 900 saltos em missões humanitárias, de resgate e socorro em geral. Todavia o tipo de tarefa que lhe seria proposta ali pelos oficiais não era nem um pouco digna ou solidária.

? O senhor tem quatro medalhas por bravura, não tem? ? indagou Burnier.

Sérgio respondeu afirmativamente. Então o brigadeiro continuou:

http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2008/06/422312.shtml

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Uma Ararinha Fazendo Zoeira

Leila Jinkings






A história se passa no Rio de Janeiro. Muito samba, praia, cores, as paisagens do cartão postal. Em cartaz no Recife,  o filme longa metragem  "Rio", dirigido por Carlos Saldanha, do estúdio de animação Blue Sky (da 20th Century Fox), já conhecido pelo "Era do Gelo 1" e "Era do Gelo 2".
Saldanha é brasileiro, radicado nos EUA, e conta, no material de divulgação do estúdio,  que sempre teve vontade de fazer um filme sobre o Brasil. "Rio" conta a história de Blu, ararinha azul  brasileira que foi criado em confortável cativeiro,  nos EUA, e  embarca em uma aventura espetacular, onde descobre as  maravilhas, as cores  e a música do país de origem.  A aventura tem início quando Blu (voz original de Jesse Eisenberg)  vem ao Brasil para acasalar com a última fêmea da espécie, Jade (voz de Anne Hathaway), trazido pelo ornitólogo Túlio (voz de Rodrigo Santoro).
O filme é no mesmo estilo dos sucessos anteriores: aventura, amizade e boa dose de humor. É classificado como animação infantil. No entanto, como muitos filmes de animação da atualidade, cativa pessoas de todas as idades. A qualidade técnica do trabalho, em animação gráfica, é impactante. Mistura o desenho com paisagens reais, além de dar vida aos personagens, com olhar de quem compreende e sente o Brasil. Os animais humanizados, em situações divertidas, ora perigosas ora românticas, seduzem do início ao fim. A trilha sonora é variada, tem versões primorosas de MPB com Bebel Gilberto (Samba de Orly), Sérgio Mendes (Mais que nada) e Carlinho Brown (Sapo Cai), que participa de outras faixas.
" Rio" foi lançado oficialmente no Brasil em março de 2011 no Complexo do Alemão, no primeiro cinema 3D instalado em favela, numa promoção da Prefeitura do Rio, que tomou o filme como uma grande homenagem à cidade. O filme retrata o Rio com toda a sua graça e exuberância, de forma fidedigna, com muito céu e mar, além de belíssimas paisagens do Pão de Açúcar, da praia de Copacabana, do Cristo Redentor, cartões postais tradicionais que funcionam como um convite e divulgam a futura sede da Copa do Mundo de 2014.
Mal começou a temporada, o filme já desperta muitas opiniões apaixonadas e uma acalorada polêmica. Reclamam alguns que o filme mostra um Rio multicolorido, belo, perfeito, esquecendo o lado das mazelas sociais e do importante índice de criminalidade. Outros anotam que há muito estereótipo, citando o samba, o futebol, as mulatas e os cartões postais.
Admitamos que há alguns clichês ao longo do filme, por exemplo ao colocar uns "trombadinhas" batendo carteira e meninos abandonados. Não pode uma animação, feita para seduzir e divertir o espectador, optar por um olhar seletivo? Fosse um documentário, evidentemente se estranharia a falta de informação e de amplitude na abordagem. Mas é uma historinha, um conto infantil, uma fantasia.  Sobre isso escreveu Ruy Castro, na Folha de São Paulo do dia 11 de abril, defendendo o que ele chama de "esfuziante homenagem ao Rio" e o direito à fantasia, contra os resmungos dos que acusam omissões no filme. " O que a turma quer? A ararinha-azul abatida a tiros de fuzil ao sobrevoar a Rocinha, ao som da Tati Quebra-Barraco?", provoca o cronista. E acrescenta:
            " Temos agora nova queixa: na trilha sonora de "Rio", não se ouve o "pancadão" do funk -como se este já fosse a nova música oficial da cidade, silenciando o samba, o choro e a bossa nova. Bem, em 1979 as ruas de Nova York estavam infestadas de disco music, break e hip-hop. Mas, para a trilha sonora de "Manhattan", Woody preferiu usar 13 melodias de George Gershwin, de ""S Wonderful"  a "Rhapsody in Blue". Alguém se queixou?
Mais de 1.100.000 prestigiaram a abertura da temporada de exibição do filme no Brasil. No  final de semana de estréia,  alcançou o Top 5 em bilheteria na história do cinema no Brasil, segundo informa a Reuters. Em todos os 72 países que colocaram em exibição o filme alcançou a primeira posição.

Leila Jinkings



Formato: Animação
Gênero: aventura, comédia
Elenco: Jesse Eisenberg, Anne Hathaway, George Lopez, Kate del Castillo
Diretor: Carlos Saldanha
Roteirista: Don Rhymer
Estúdio: Blue Sky/ 20th Century Fox


Em cartaz no Recife:
Boa Vista
                13:30  14:00  14:30  15:40  16:10  16:40  17:50  18:20  18:50  20:00  20:30  21:00
UCI Tacaruna
                13:40  14:40  15:50  16:50  18:00  19:10  20:10  21:20
UCI Kinoplex Casa Forte
                13:00  15:05  17:15  19:25  21:35
UCI Recife
                10:30  13:20  14:20  15:30  16:30  17:40  18:40  19:50  20:50  22:00

Ana de Hollanda e as mentiras sobre o Creative Commons


 

O sociólogo inglês John B. Thompson, autor de A Mídia e A Modernidade, define a “visibilidade” como um aspecto político fundamental dos nossos tempos. Não mais vivemos em uma era de exclusivas interações face a face. Portanto, é por meio da Mídia, e suas mediações, que acessamos e tomamos conhecimento das informações de interesse público (ele vai além ao defender inclusive que é por meio dos veículos de comunicação que intervimos socialmente)

 

 

Rodrigo Salvazoni, Revista Fórum

A era da visibilidade política é também a era dos escândalos, que são fabricados de várias formas. A principal delas é faltar com a verdade e ser pego em flagrante. Recupero a obra de Thompson porque creio que essa sua tese sobre a visibilidade nos serve centralmente para explicar o que vem ocorrendo com a ministra da Cultura Ana de Hollanda.

A sua primeira grande ação como ministra – antes mesmo de nomear sua equipe – foi remover da página do Ministério da Cultura o selo Creative Commons que disciplinava o acesso aos conteúdos públicos distribuídos por meio da plataforma. O tema segue rendendo acalorados debates, como demonstrou a sabatina a que foi submetida no Senado esta semana.

Reformulado em 2007, sob liderança de José Murilo Jr., que segue no Ministério como gerente de Cultura Digital da Secretaria de Políticas Culturais, o site ministerial tornou-se mundialmente conhecido devido a sua originalidade e atualidade. Desenvolvido pioneiramente utilizando o software de gestão de conteúdos Wordpress, o site procurava iniciar o Estado na era das conversas horizontais e livres da internet, o que só seria possível se, além dos códigos de programação, os conteúdos também fossem livres.

Isso, no entanto, não era problema, porque já há alguns anos o Ministério adotara uma licença de compartilhamento Creative Commons. A gestão Gil-Juca optou por essa licença específica por ser uma iniciativa eficiente, de caráter internacional e também devido à facilidade jurídica de sua utilização.

A ministra Ana de Hollanda voltou a questionar essa adoção dizendo que para isso os gestores teriam de realizar uma licitação (uma concorrência pública). Trata-se de alegação estapafúrdia e falsa. Isso porque uma licença Creative Commons nada mais é do que um documento, baseado na lei brasileira de direitos autorais, que permite ao produtor de informações estabelecer um claro pacto com o usuário.

Isso porque a lei brasileira dá essa prerrogativa ao autor (só faltava não dar, não é?), mas não diz como. Portanto, o que o Creative Commons faz é “regular”, “detalhar”, os termos da cessão voluntária de direitos. Apenas isso. Por que haveria, então, de haver licitação para algo que é de uso público e gratuito?

Confrontada com o fato de que o Palácio do Planalto utiliza a licença CC em seu blog, Ana de Hollanda saiu pela tangente por meio de uma distinção entre sites e blogs. A questão é que, do ponto de vista técnico, por utilizar como gerenciador de conteúdo o Wordpress (aliás, a mesma ferramenta do Blog do Planalto), o site do Ministério da Cultura também é um blog.

Essa distinção não é, por princípio, razoável, mas a faço apenas para demonstrar que os argumentos da Ministra não param de pé. Ainda que fosse por isso, ela está errada.

Ana de Hollanda também mistura alhos com bugalhos porque Creative Commons é não só a licença — mas também o nome da entidade que administra esse projeto sem fins lucrativos. Essa administração é fundamental porque as licenças seguem em evolução, melhorando para dar conta das velozes transformações pelas quais passa a nossa sociedade.

Outro argumento por Ana de Hollanda utilizado nos lembra que existem outras licenças. É fato. Quais, ministra? Faça uma lista de alternativas e publique no site do Ministério. Na realidade, são poucas as alternativas consistentes e, acima de tudo, nenhuma que seja reflexo da inteligência coletiva da era das redes como é o Creative Commons (a não ser a GPL, utilizada em geral para softwares, que serviu justamente de base para o CC).

Aliás, uma razão sólida para justificar a utilização do CC é sua capacidade adaptativa e evolutiva constante. Como existem muitas pessoas trabalhando, conjunta e voluntariamente, em mais de 70 países, essas licenças estão sempre “up to date”. Muda a dinâmica social, evolui a licença. Na velocidade da rede.

Como se trata de questão transnacional (na rede os conteúdos não reconhecem fronteiras), a marca CC, antes de uma propaganda, é um ícone facilmente identificável, facilitando assim a apropriação do que é justamente produzido para ser partilhado.

Ao fim e ao cabo, o que ficou evidente é que Ana de Hollanda tenta trazer para o campo técnico – que desconhece – uma decisão política. Seus compromissos prévios com setores que viam na adoção do Creative Commons pelo Ministério da Cultura uma “propaganda” contra os autores orientou sua decisão.

Ninguém que lida com essa questão dentro do Ministério foi ouvido nos primeiros dias de janeiro antes de a ministra anunciar seu veredicto. Quando ordenou a retirada da licença, nem sequer se deu o trabalho de construir uma justificativa. Questionada por jornais e revistas, enviou três linhas em que dizia ser uma decisão de foro exclusivo do Ministério e de sua gestora. Após a reação das redes, democrática e incisiva, foi obrigada construir um argumento, que não cola, porque é falso.

Na era da visibilidade política, em que uma sabatina com senadores é assistida ao vivo pela internet por todos aqueles que se interessam pela vida pública, é preciso saber que as informações serão confrontadas, que a esfera pública delas irá se apropriar para fazer o bom debate – como explica Thompson. A escolha do Ministério da Cultura de Ana de Hollanda não foi técnica. Se fosse, jamais teriam removido a licença. Foi política. E isso, justamente pela sua falta de capacidade de construir uma versão convincente para sua decisão, ficou explícito esta semana.


Do Portal Vermelho. Leia também 
 

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Verdades Emergem

A novela da SBT, "Amor e Revolução", resgata histórias escondidas do período obscuro da Ditadura Militar

Depoimento de Rose Nogueira, exibido ao final capítulo #3 da novela do Amor e Revolução.

Depoimento de Jarbas Marques, exibido ao final capítulo #2 da novela do Amor e Revolução. Ele foi torturado dia e noite nos porões da fábrica de cerveja Brahma.

Depoimento de Maria Amélia , exibido ao final capítulo #1 da novela do Amor e Revolução


Trailer de 10 minutos da novela Amor e Revolução, que estreia dia 05/04/2011, às 22h30, no SBT. A novela é de Tiago Santiago, colaboração de Renata Dias Gomes e Miguel Paiva e direção-geral de Reynaldo Boury, e diretores-assistentes Luiz Antônio Piá e Marcus Coqueiro. A produção-executiva é de Sérgio Madureira.



BRASIL NUNCA MAIS

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