por Leila Jinkings
Bom seria se alguns professores menos atentos deixassem de reproduzir a versão antiga da fábula atrasada, preconceituosa e burra. Os educadores mais sensíveis usam os recursos de contos, jogos e brincadeiras, estimulados pela boa literatura infantil que trás reflexões, que ampliam o alcance do imaginário, que ensinam valores, que socializam, que forjam pessoas mais solidárias, mais tolerantes e, principalmente, capazes de superar a rudeza da atual educação, que mais valoriza a formação de consumidores, poupadores e outras distorções do sentido da vida humana.
O mundo não suporta mais
a centralidade da competição, do individualismo. Que gente estúpida eles querem
formar. Reflitamos: estamos nos tornando melhores pessoas? Que mundo nós
vamos querer deixar para os nossos filhos? Vamos ficar "esperando a
morte chegar? Sentados no trono de um apartamento, com a boca escancarada,
cheia de dentes? Se sentindo um grandessíssimo idiota, limitado, que só usa 10%
da sua cabeça animal? E ainda acreditando que está contribuindo para o belo
quadro social?" * A gente merece
mais. Pessoas melhores podem fazer o
mundo melhor.
Viva a arte! Viva o ócio!
Uma banana para a indústria cultural massificadora. Uma banana para quem
não valoriza a arte.
* de Ouro de Tolo, Raulzito.