sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

A estupidez. O horror. A barbárie. A guerra. A corrupção.

A estupidez. O horror. A barbárie. A guerra

Por Gustavo Barreto

Enquanto civis inocentes e até crianças são torturadas até a morte e descartadas a sangue frio, o “debate” em muitos meios de comunicação continua sendo se é “correto” divulgar informações sigilosas. Documentário mostra, por exemplo, que The Washington Post sabia das graves violações dos soldados americanos e se omitiu.
– Julian, bem vindo. Foi noticiado que o WikiLeaks liberou mais documentos confidenciais do que toda a mídia mundial, junta. Isso não poderia ser verdade.
Sim, não pode ser verdade. É preocupante, não é mesmo? Que toda a mídia mundial esteja fazendo um trabalho tão ruim. Que um pequeno grupo de ativistas possa ter liberado mais deste tipo de informação do que toda a imprensa mundial.

Trecho do documentário ‘Wikirebels'
A estupidez. O horror. A barbárie. A guerra. A corrupção. Os crimes contra a Humanidade. Aqueles que, neste exato momento, desqualificam o trabalho do WikiLeaks não têm coragem, ou competência, para enxergar os documentos agora expostos. Estão aqui, abaixo. Não continue se não tiver estômago. “Eu comecei a chorar, como fazem todas as pessoas que assistem ao filme”, afirma uma jornalista da Islândia.
A guerra. A estupidez. O horror. A barbárie

A cena acima não é uma montagem.
Os crimes estão expostos. Americanos que matam sem qualquer motivo. Inocentes. Crianças. Os documentos foram expostos. As cenas gravadas. O crime contra a Humanidade documentado, vazado, exposto. Assista aos documentários abaixo e tire sua própria conclusão.
E o que discutimos? Se é “correto” divulgar. Se Julian Assange é um estuprador ou não. Se ele é uma “ameaça”. Só há duas hipóteses para iniciar o debate nestes termos: ou você é ignorante, ou apoia tais crimes.
Entre outras informações, o WikiLeaks ajudou a divulgar um manual utilizado pelas tropas dos EUA que ensinava como humilhar e torturar seus detentos, de modo que revelassem informações para os americanos.
Revelou ainda, por meio de um relatório confidencial de 2006, que a empresa multinacional Trafigura despejou resíduos tóxicos na Costa do Marfim, causando danos à saúde de dezenas de milhares de pessoas. Assange denunciou ainda, à época, uma mordaça imposta à mídia do Reino Unido.
Outro escândalo revelado foi a corrupção no sistema financeiro da Islândia, em 2008, causando sérios danos à economia do país. Em 9 de outubro de 2008, o Kaupthing Bank HF foi forçado à falência pelo governo – poucos dias após uma crise no Landsbanki ter o levado ao controle do governo. Devido à crise, que afetou todo o sistema financeiro islandês, todas as negociações nos mercados de capital do país foram suspensas em 13 de outubro de 2008.
No dia 29 de julho de 2009, no entanto, o Wikileaks expôs um documento confidencial de 210 páginas revelando que o Kaupthing fez empréstimos entre 45 milhões e 1.250 bilhões de euros. O documento vazado pelo site revelou que o banco havia emprestado bilhões de euros para os seus maiores acionistas, incluindo um total de 1.43 bilhões de libras para uma das maiores empresas do setor financeiro no país, a Exista, e filiais que possuem 23% do banco. Após a revelação, executivos foram presos e a legislação pró-liberdade de imprensa evoluiu, se tornando um exemplo para o mundo.
Um dos mais espantosos vazamentos mostram cenas semelhantes às verificadas nas forças nazistas e fascistas do século XX: soldados norte-americanos matam a sangue frio, a partir de helicópteros, civis inocentes – incluindo dois repórteres da Reuters. “Você de fato vê nos relatos crianças sendo torturadas até a morte. Não é algo que se pode ler sem se afetar pelo que se está lendo”, diz um dos editores dos documentos da guerra do Iraque, em Londres. “A falta de respeito pela vida humana corre normalmente em todo o material”, aponta um documentarista.
Em um trecho, um helicóptero atiraria em um prédio vazio para destruí-lo. Subitamente, um homem se aproxima e passa pela calçada. Os militares americanos poderiam ter esperado. Eles não esperam. Em outro, um homem dentro de um carro é perseguido pelos militares no helicóptero. O homem sai e claramente se rende, de mãos para cima, deitado no chão. Os militares atiram.

Esses dados graves, que tiraram milhares de vidas em todo o mundo, são tidos por alguns analistas como “fofoca”.
O documentário Wikirebels está na íntegra abaixo, em quatro partes.
 Parte 1

Parte2

Parte3

Parte4

Em outro filme – que também documenta com precisão o tema -, aos 17 minutos, é revelado que o jornal americano The Washington Post sabia das graves violações dos soldados americanos. E nada publicaram. O documentário foi produzido pela ABC Australia e distribuído pela Journeyman Pictures. Assista aqui.
E TAMBÉM:



(*) Gustavo Barreto, jornalista.
Contato pelo @gustavobarreto_.
publicado no Fazendo Media

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Belo conto de Natal

Conto de Natal: Maria e José na Palestina em 2010

As novas espalharam-se rapidamente sobre o estranho nascimento de uma criança judia junto ao Muro, num estábulo palestino

21/12/2010,  James Petras


Os tempos eram duros para José e Maria. A bolha imobiliária explodira. O desemprego aumentava entre trabalhadores da construção civil. Não havia trabalho, nem mesmo para um carpinteiro qualificado.

Os colonatos ainda seriam construídos, financiados principalmente pelo dinheiro judeu da América, contribuições de especuladores de Wall Street e donos de antros de jogo.

"Bem", pensou José, "temos algumas ovelhas e oliveiras e Maria cria galinhas". Mas José preocupava-se, "queijo e azeitonas não chegam para alimentar um rapaz em crescimento. Maria vai dar à luz o nosso filho um dia destes". Os seus sonhos profetizavam um rapaz robusto a trabalhar ao seu lado... multiplicando pães e peixes.

Os colonos desprezavam José. Este raramente ia à sinagoga, e nas festividades chegava tarde para fugir à dízima. A sua modesta casa estava situada numa ravina próxima, com água duma ribeira que corria o ano inteiro. Era mesmo um local de eleição para a expansão dos colonatos. Por isso quando José se atrasou no pagamento do imposto predial, os colonos apropriaram-se da casa dele, despejaram José e Maria à força e ofereceram-lhes bilhetes só de ida para Jerusalém.

José, nascido e criado naquelas colinas áridas, resistiu e feriu uns tantos colonos com os seus punhos calejados pelo trabalho. Mas acabou abatido sobre a sua cama nupcial, debaixo da oliveira, num desespero total.

Maria, muito mais nova, sentia os movimentos do bebê. A sua hora estava a chegar.

"Temos que encontrar um abrigo, José, temos que sair daqui... não há tempo para vinganças", implorou.

José, que acreditava no "olho por olho" dos profetas do Antigo Testamento, concordou contrariado.

E foi assim que José vendeu as ovelhas, as galinhas e outros pertences a um vizinho árabe e comprou um burro e uma carroça. Carregou o colchão, algumas roupas, queijo, azeitonas e ovos e partiram para a Cidade Santa.

O trilho era pedregoso e cheio de buracos. Maria encolhia-se em cada sacudidela; receava que o bebê se ressentisse. Pior, estavam na estrada para os palestinos, com postos de controle militares por toda a parte. Ninguém tinha avisado José que, enquanto judeu, podia ter-se metido por uma estrada lisa pavimentada – proibida aos árabes.

Na primeira barreira José viu uma longa fila de árabes à espera. Apontando para a mulher grávida, José perguntou aos palestinos, meio em árabe, meio em hebreu, se podiam continuar. Abriram uma clareira e o casal avançou.

Um jovem soldado apontou a espingarda e disse a Maria e a José para descerem da carroça. José desceu e apontou para a barriga da mulher. O soldado deu meia volta e virou-se para os seus camaradas. "Este árabe velho engravida a rapariga que comprou por meia dúzia de ovelhas e agora quer passar".

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

O documentário completo sobre o Wikileaks - legenda em português

WIKIREBELS - o documentário
Importantíssimo, para entender como funciona, quais as implicações, a quem interessa impedir a circulação de informação e por quê. O wikileaks é o fato mais importante que já aconteceu no assunto informação. Faz pensar no modelo de governos que vem sendo justificados pelos interesses. Não deixe de assistir.
Descubra como o Wikileaks tornou-se um dos principais institutos de defesa pela verdade e pela justiça através dos vazamentos de informações secretas.
Instalado nos servidores do Pirate Bay, o site está protegido pelas estritas leis suecas que protegem o direito de expressão.
Julian Assage, jovem ativista, que luta pela paz mundial, tornou-se uma das principais dores de cabeça dos EUA. Muitos políticos querem que ele seja preso ou executado, mas o que ele realmente fez de errado foi mostrar os meios imperialistas e desumanos que o país aplica.
O Wikileaks faz o papel que a mídia tradicional não faz justamente por esta estar ligada aos interesses políticos dos setores oligárquicos que ditam as regras mundiais.  (docverdade)
Este vídeo, apresentado pela TV estatal sueca (SVT), relata a criação e revela o modo de agir do Wikileaks, esclarecendo em especial como opera sua rede de colaboradores. É permeado por excelentes entrevistas em que o fundador do site, Julian Assange, expõe o que o animou ao projeto. (outraspalavras.net)

WIKIREBELS - Parte 1/4


Parte 2/4
Parte 3/4
Parte 4/4

Fonte: Doc Verdade

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

ABELHA OPERÁRIA

de Celeste Vidal, publicada em 1994 no livro Metade Sol, Metade Sombra
Às mulheres que se organizam

Sim, eu sou uma mulher liberada,
e daí?
se me perguntas, no entanto, és livre?
Eu te respondo, nem tanto.


Ouço esse grito perto e distante
esse soluçar constante
a ecoar no mundo.
Vejo tanto olhar perdido,
corpos sofridos
a estenderem as mãos.


A liberdade não é no singular
é soma de tudo, de todos,
é plural, a começar assim:
por mim, por ti, por nós.
Liberada eu sou, mas não foi fácil,
não é fácil, nem vai ser facilmente.
conquistada a libertação da mulher.
Eu consegui, mas não sou nada especial
nem coisa rara, nem iluminada,
só muito diferenciada
de você mulher passiva, acomodada,
conscientemente, ou não, explorada,
esperando, ou não, acontecer.
Eu, ao invés de me limitar a ver
quis olhar,
em vez de só poder ouvir
resolvi falar,
em vez de só poder tocar
resolvi sentir profundamente,
em vez de ter meu corpo indisposto
mas pronto para uso,
me fiz dona de mim,
e este abuso
não vai mais acontecer.
(continue a leitura, vale muito a pena)

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

As portas do paraíso de Godard

As portas do paraíso (revelações)

Jean-Luc Godard produziu um filme – Nossa Música (2004) – magistral sobre a pretensão norte-americana universal. Em uma de suas representações oníricas, os Marines – fuzileiros navais dos EUA – são os guardiões das portas do paraíso, filtrando quem pode entrar.
As últimas revelações obtidas ilegalmente e publicadas na Internet pela Wikileaks não deveriam causar o estupor público e privado que vêm acarretando. Governos e indivíduos por razões distintas têm demonstrado imenso dissabor e se articula, nos parâmetros da lógica da vingança, uma reação punitiva contra a organização e seu líder. O ilegal pode ter maior moralidade do que é apresentado como justo e indiscutível, na forma da lei.

Obviamente, os mais descontentes são os que foram atingidos diretamente, isto é, os êmulos da política externa dos EUA. Surgem das sombras as atividades de espionagem, as alianças secretas com personagens dos países periféricos que fazem jogo duplo e uma miríade de outros atores da mesma política. Tudo isto contado com o vigor de uma antiga forma de comunicação: o telegrama.

O teor destes pequenos textos, mesmo não sendo a versão final da posição dos EUA no mundo contemporâneo, indica o que os mais informados já sabiam. O gigante do Norte tem antenas em toda parte. Escuta o que seus aliados nos governos de cada país dizem, vigiam as nações, tal como cães de guarda, e interferem ou tentam interferir na política interna de cada país.

Jean-Luc Godard produziu um filme – Nossa Música (2004) – magistral sobre a pretensão norte-americana universal. Em uma de suas representações oníricas, os Marines – fuzileiros navais dos EUA – são os guardiões das portas do paraíso, filtrando quem pode entrar. Deixa-se para o leitor imaginar quem são os eleitos, de acordo com este grande país, que a humanidade espera que um dia acene para a paz e para o entendimento entre os homens e mulheres da face da Terra.

Por mais que se tente esconder, o impacto é imenso. Comprova-se o que os engajados sempre souberam e ficou difícil, agora, dizer que é exagero ou mentiras ideologizadas. Quem fala são os operadores da política externa norte-americana. Os seus lugares de fala são órgãos públicos que devem obediência ao poder central. O que escreveram não era para ser lido fora do domínio interno. Possivelmente, a maioria destes telegramas seria destruída depois de ter cumprido o seu papel. Alguns seriam recolhidos ao magnífico Arquivo Nacional do país e liberados depois de, em média, trinta anos.

O problema da autenticidade destes papéis não foi levantado, até porque é difícil imaginar que não tenham saído da máquina pública. Quem os revelou é alguém que pertence a este mesmo mundo e que não está de acordo com seu governo. Não é a primeira vez que isto ocorre. É possível comandar guerras, influenciar governos e deter a hegemonia política do mundo. Entretanto, não é possível controlar completamente a consciência de todos. Sempre haverá alguém com um profundo senso humanístico que arrisque sua pele e encontre um modo de dizer a verdade.

O exame destes papéis está longe de ter terminado. E, ao que parece, virão outros em seguida, falando sobre novos e velhos assuntos. A crença subjacente a estas revelações é que não existe democracia real sem se ter acesso aos bastidores do poder. Democratizar é também tornar públicas as informações usadas para oprimir nações e preparar ou manter guerras injustas. O problema não está no método usado para se obtê-las e divulgá-las. O mais importante são os temas abordados nestes já famosos telegramas e suas implicações éticas na convivência entre nações.

No Brasil, o patriotismo arrogante de alguns foi lançado ao chão. Viu-se que a bandeira e amor a pátria não é bem o que organiza a vida de atores do drama histórico brasílico. Agitam a bandeira nacional com força e dizem que estão do lado do poder público nacional. Entretanto, nas sombras comungam com outros deuses, aceitando inclusive informar ao diabo o que se passa neste pedaço da Terra e da humanidade. São patriotas de araque, vendidos aos que têm maior poder na escala mundial. Isto é um problema da consciência deles e que ocorrerá em seguida, só deus sabe.

Luís Carlos Lopes é professor e escritor.
Fonte: Carta Maior - Debate Aberto

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Poesia anos 1990

Celeste morreu em 1998. A hipocrisia não.

ABORTO
Maria Celeste Vidal 

Calem-se!
Exijo silêncio das bocas banguelas,
mentes e corações sujos.
Silêncio exijo para uma confissão.
E fora, juízes
pois não se julga uma opção.
Há um problema que é meu,
que nasceu dentro de mim.
Muitos me insultam,
não me consultam.
Este problema, que digo meu,
tem cúmplices aos montes:
o sistema, as igrejas, os maridos, os amantes,
mas ... o crime, a crueldade, a desalmada, a maldade
fui eu quem as cometeu.
Pois bem,
eu sou uma as-sas-si-na.
- Que sina!
Grávida de um feto
que entrou no óvulo da vida
sem calor, sem teto, .
por acaso,
ou no ocaso do amor.
- No óvulo da vida!

- Vida!
Mas, que vida?
Nos morros desabados,
nas prisões, metralhados,
nas garras do patrão,
nas mãos do esquadrão?
Mas, que vida?
Nas favelas sem escola
vivendo de esmola
nas ruas, becos cheirando cola,
na briga pelo lixo?
- Isso é Comunismo!
Nem precisaria ser
para sentir e saber que se deve,
que devo pensar nisso.
E corri. Ah! Como bati em portas!

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Sempre bom revisar fatos recentes

A onda de boatos e mentiras foi assombrosa nas eleições 2010. Os artifícios covardes e desonestos utilizados pelo esquema demotucano auxiliado pela mídia velha foi o maior e mais repugnante de todos os tempos.
Confira na reportagem da revista Isto É, que foi averiguar os fatos "denunciados".

A fazenda que Lulinha (não) comprou
Posted by Seja Dita Verdade On October - 27 - 2010

Na internet, circula o boato de que o filho do presidente Lula comprou uma megafazenda.
Verdade? Confira a seguir e saiba tudo
IBIAPABA NETTO – Isto É

E-MAIL APÓCRIFO:   mensagens como a acima transcrita, viraram moda em todo o País.
LUCIANA PREZIA/AE

Não é de hoje que se conhece o ditado de que “cada um que conta um conto, aumenta um ponto”. E, como o brasileiro gosta de uma boa história, algumas mentiras se tornam verdades, às vezes até mais divertidas do que a própria realidade. Nem mesmo o mundo rural está livre das boatarias que hoje percorrem o mundo em mensagens eletrônicas via internet. Todas, é claro, sem a identificação da autoria.

Quem sentiu na carne os efeitos de um boato bem contado foi o criador de nelore puro de origem José Carlos Prata Cunha, dono de terras em Valparaíso, interior de São Paulo. Circula na internet um e-mail que conta a história de uma fantástica operação em que o filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o “Lulinha”, teria comprado a sua principal área, a Fazenda Fortaleza, por R$ 47 milhões. “Isso é tudo bobagem, nunca vendi minha fazenda e, na verdade, nem oferta cheguei a receber”, esclarece Prata Cunha à DINHEIRO RURAL. “Tratamos isso como piada”, reforça Leonardo Badra, sócio de Fábio Luís na empresa de jogos eletrônicos Gamecorp.

Mas de onde, então, nasceu essa curiosa história?


DIVULGAÇÃO
 O VERDADEIRO DONO: José Carlos Prata Cunha, proprietário da Fazenda Fortaleza, diz que nunca recebeu uma oferta de compra pelas suas terras.

Para Fernanda Prata Cunha, filha de José Carlos, que acompanha de perto os problemas derivados do “boato rural”, a confusão nasceu de uma sondagem imobiliária. “Realmente fomos procurados por um grupo que se disse representante do filho do presidente”, explica. Mas, comenta a fazendeira, a notícia rapidamente caiu “na boca do povo”, os e-mails começaram a circular e nunca houve, na prática, algo que se aproximasse de uma oferta de compra.

A fazenda não foi vendida, porém, a dor de cabeça dura até hoje. “Tivemos de modificar a entrada da fazenda e proibir a entrada das pessoas”, lamenta Fernanda. Segundo ela, a propriedade virou uma espécie de “ponto turístico” em Valparaíso. “As pessoas param para tirar foto e as brincadeiras por causa da suposta venda que não aconteceu são constantes”, diz. De certa forma, ela se diverte. “Algumas pessoas na cidade nos olham meio estranho”, brinca.

BRASIL NUNCA MAIS

BRASIL NUNCA MAIS
clique para baixar. Íntegra ou tomos