domingo, 31 de janeiro de 2010

Van Gogh - aos poucos se reconhece o artista, além da obra.



É pouco, ainda. A genialidade e a sensibilidade de Van Gogh se escondem atrás de uma cortina de preconceitos e deduções acerca de seu equilíbrio mental.


Um homem atormentado, sim, mas obstinado. Por não submeter-se às hipocrisias e aspirações que lhe seriam "convenientes", Van Gogh era tachado como louco e hostilizado por grande parte da sociedade. Era muito bem quisto por muitos, pouco se diz disso.


A obra que ele deixou é sublime. Não há equivalente. Obrigatório conhecer. Inevitável emocionar-se.


A tradicional Royal Academy of Arts, em Londres, o homenageia com preciosa exposição das cartas de Vincent Van Gogh. Intitulada "O Verdadeiro Van Gogh: O Artista e suas Cartas", reúne cerca de 40 cartas escritas pelo pintor, raramente exibidas.


A mostra é composta ainda por 65 pinturas e 30 desenhos que são relacionados nas cartas. Como se sabe, Van Gogh descrevia pormenorizadamente os desenhos e pinturas de sua pordução naquele momento.


Essa é a maior mostra sobre Van Gogh em Londres em mais de 40 anos. No site www.vangoghletters.org foram publicadas suas cartas em facsímile, que dão uma idéia da fecundidade da coleção de correspondências.

sábado, 30 de janeiro de 2010

CULTURA. Benvindos à Cultura Amazônida



Edição  nº6
O Chão Vermelho de Dalcídio Jurandir,
Desenhos de Augusto Morbach com texto de Gileno Chaves,
Linha do Parque: Romance Proletário por Carlos Peres,
Travessia para a Poesia: Ensaio Fotográfico de Elza Lima e outros
.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

BBB - Burrice, Bobagem e Baixaria

BIG BROTHER BRASIL, UM PROGRAMA IMBECIL



Antonio Barreto, natural de Santa Bárbara-BA,




Curtir o Pedro Bial

E sentir tanta alegria

É sinal de que você

O mau-gosto aprecia

Dá valor ao que é banal

É preguiçoso mental

E adora baixaria.



Há muito tempo não vejo

Um programa tão ‘fuleiro’

Produzido pela Globo

Visando Ibope e dinheiro

Que além de alienar

Vai por certo atrofiar

A mente do brasileiro.



Me refiro ao brasileiro

Que está em formação

E precisa evoluir

Através da Educação

Mas se torna um refém

Iletrado, ‘zé-ninguém’

Um escravo da ilusão.



Em frente à televisão

Lá está toda a família

Longe da realidade

Onde a bobagem fervilha

Não sabendo essa gente

Desprovida e inocente

Desta enorme ‘armadilha’.



Cuidado, Pedro Bial

Chega de esculhambação

Respeite o trabalhador

Dessa sofrida Nação

Deixe de chamar de heróis

Essas girls e esses boys

Que têm cara de bundão.



O seu pai e a sua mãe,

Querido Pedro Bial,

São verdadeiros heróis

E merecem nosso aval

Pois tiveram que lutar

Pra manter e te educar

Com esforço especial.



Muitos já se sentem mal

Com seu discurso vazio.

Pessoas inteligentes

Se enchem de calafrio

Porque quando você fala

A sua palavra é bala

A ferir o nosso brio.



Um país como Brasil

Carente de educação

Precisa de gente grande

Para dar boa lição

Mas você na rede Globo

Faz esse papel de bobo

Enganando a Nação.



Respeite, Pedro Bienal

Nosso povo brasileiro

Que acorda de madrugada

E trabalha o dia inteiro

Dar muito duro, anda rouco

Paga impostos, ganha pouco:

Povo HERÓI, povo guerreiro.



Enquanto a sociedade

Neste momento atual

Se preocupa com a crise

Econômica e social

Você precisa entender

Que queremos aprender

Algo sério – não banal.



Esse programa da Globo

Vem nos mostrar sem engano

Que tudo que ali ocorre

Parece um zoológico humano

Onde impera a esperteza

A malandragem, a baixeza:

Um cenário sub-humano.



A moral e a inteligência

Não são mais valorizadas.

Os “heróis” protagonizam

Um mundo de palhaçadas

Sem critério e sem ética

Em que vaidade e estética

São muito mais que louvadas.



Não se vê força poética

Nem projeto educativo.

Um mar de vulgaridade

Já tornou-se imperativo.

O que se vê realmente

É um programa deprimente

Sem nenhum objetivo.



Talvez haja objetivo

“professor”, Pedro Bial

O que vocês tão querendo

É injetar o banal

Deseducando o Brasil

Nesse Big Brother vil

De lavagem cerebral.



Isso é um desserviço

Mal exemplo à juventude

Que precisa de esperança

Educação e atitude

Porém a mediocridade

Unida à banalidade

Faz com que ninguém estude.



É grande o constrangimento

De pessoas confinadas

Num espaço luxuoso

Curtindo todas baladas:

Corpos “belos” na piscina

A gastar adrenalina:

Nesse mar de palhaçadas.



Se a intenção da Globo

É de nos “emburrecer”

Deixando o povo demente

Refém do seu poder:

Pois saiba que a exceção

(Amantes da educação)

Vai contestar a valer.



A você, Pedro Bial

Um mercador da ilusão

Junto a poderosa Globo

Que conduz nossa Nação

Eu lhe peço esse favor:

Reflita no seu labor

E escute seu coração.



E vocês caros irmãos

Que estão nessa cegueira

Não façam mais ligações

Apoiando essa besteira.

Não deem sua grana à Globo

Isso é papel de bobo:

Fujam dessa baboseira.



E quando chegar ao fim

Desse Big Brother vil

Que em nada contribui

Para o povo varonil

Ninguém vai sentir saudade:

Quem lucra é a sociedade

Do nosso querido Brasil.



E saiba, caro leitor

Que nós somos os culpados

Porque sai do nosso bolso

Esses milhões desejados

Que são ligações diárias

Bastante desnecessárias

Pra esses desocupados.



A loja do BBB

Vendendo só porcaria

Enganando muita gente

Que logo se contagia

Com tanta futilidade

Um mar de vulgaridade

Que nunca terá valia.



Chega de vulgaridade

E apelo sexual.

Não somos só futebol,

baixaria e carnaval.

Queremos Educação

E também evolução

No mundo espiritual.



Cadê a cidadania

Dos nossos educadores

Dos alunos, dos políticos

Poetas, trabalhadores?

Seremos sempre enganados

e vamos ficar calados

diante de enganadores?



Barreto termina assim

Alertando ao Bial:

Reveja logo esse equívoco

Reaja à força do mal…

Eleve o seu coração

Tomando uma decisão

Ou então: siga, animal…

FIM

Salvador, 16 de janeiro de 2010.

* * *
Antonio Barreto nasceu nas caatingas do sertão baiano, Santa Bárbara, na Bahia.

É autor de um dos mais recentes e estrondosos sucessos da Internet, o cordel Caetano Veloso: um sujeito alfabetizado, deselegante e preconceituoso.

Fonte: http://cachacaaraci.wordpress.com/2010/01/16/o-cordel-do-big-brother-brasil-um-programa-imbecil/

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Cordel para um alfabetizado mal educado e babaca



Autor: Antonio Barreto, natural de Santa Bárbara-Ba,


Eu já estava estressado
Temendo até por vingança.
Meus alunos na escola
Leitores da ‘cordelança’
E a galera em geral
Sempre a me fazer cobrança.

Todo mundo me acusando
De cordelista medroso
Omisso, conservador
Educador preguiçoso
Por não me pronunciar
Sobre Caetano Veloso.

Logo eu, trabalhador,
Um pouco alfabetizado
Baiano de Santa Bárbara
Sertanejo antenado
Acima de tudo um forte…
E por que ficar calado?

Resolvi tomar coragem
E entrei logo em ação.
Fui dialogar com o povo
E colher a opinião
Se Caetano está correto
Ou merece punição.

Lápis e papel na mão
Comecei a anotar
Tudo em versos de cordel
Da cultura popular
A respeito de Caetano
Conforme vou relatar.

— Artista santo-amarense
Amante da burguesia
Esse baiano arrogante
Cheio de filobostia
Discrimina o presidente
Esbanjando ironia.

— Caro artista prepotente
Tenha mais discernimento.
Seja um Chico Buarque
Seja Milton Nascimento
Seja a luz do Raul Seixas
Deixe de ser rabugento.

— O Caetano deveria
Ser modesto e mais gentil
Porém o seu narcisismo
Que não é nada sutil
Faz dele um homem frustrado
Por ser bem menor que Gil.

— Seu comportamento vil
É algo de outra vida
Ele insiste em muitos erros
Não cura sua ferida
Por isso sua falação
É de alma involuída.

— Caetano é um arrogante
Partidário da exclusão
O que ele fez com Lula
Faz com qualquer cidadão
Sobretudo gente humilde
Que não tem diplomação.

— Por que este cidadão
(O Caetano escleroso)
Não criticou Figueiredo
Presidente desastroso?
Além de aproveitador
O Caetano é medroso.

— Esse Cae que ora vejo
Não representa a Bahia.
Ser o chefe da Nação
Esse invejoso queria
Mas a sua paranóia
Pouco a pouco lhe atrofia.

— Já pensou se o Caetano
Fosse então educador ?!
“Mataria” os seus alunos
Pela falta de pudor
Pela discriminação
Pelo brio de ditador.

— Ele não leu Marcos Bagno
Pois é leitor displicente.
Seu preconceito lingüístico
Contra o nosso presidente
Discrimina Santo Amaro
Terra de Assis Valente.

— Ele ofende até os mortos:
Paulo Freire, Gonzagão
Patativa do Assaré
O Catulo da Paixão
Ivone Lara, Cartola
Pixinguinha, Jamelão…

— Caetano é um imbecil
Da ditadura um amante.
Um artista egocêntrico
Decadente ambulante
Se julga intelectual
Mas é mesmo arrogante.

— A Bahia está de luto
Diante da piração
Desse artista rabugento
Que adora a exclusão,
Vaca profana, ególatra
Que quer chamar a atenção.

— Vai de reto, Caetanaz
Pega o Menino do Rio
Garoto alfabetizado
Que te provoca arrepio.
Esse sim, não é grosseiro
Nem cafona pro teu cio.

— Um burguês reacionário
Que odeia a pobreza.
Ele não gosta de negro
E só vive na moleza.
Sempre foi um lambe-botas
Do Toninho Malvadeza.

— Vou atender meu cachorro
Pois é algo salutar
Muito mais que prazeroso
Que parar pra escutar
O Caetano elitista
Que começa a definhar.

— Certamente o Caetano
Esqueceu do Gardenal.
Bem na hora da entrevista
Lá se foi o bom astral
Desandou no Estadão
Dando um show de besteiral!

— Caetano ‘Cardoso’ segue
Sempre a favor do “vento”
Por entre fotos e nomes
Sem lenço nem argumento
Vivendo só do passado,
Cada vez mais ciumento.

— Eu respeito a sua arte
Mas preciso declarar
Que quando não tá na mídia
Cae começa a atacar
Sobre tudo as pessoas
De origem popular.

— O Caetano gosta mesmo
É de gente diplomada:
Serra, Aécio, Jereissati,
Toda tribo elitizada…
Bajulou FHC
Que fez muita trapalhada.

— O Caetano discrimina
Pois está enciumado.
Na verdade, o nosso Lula
É um homem educado.
Um nordestino sensível
Muito mais que antenado.

— Dona Canô, com 100 anos
Não perdeu a lucidez.
Mas seu filho Caetano
Ficou pirado de vez
Transformando-se num “cara”
De profunda insensatez.

— Ofendeu Marina Silva
— Através do Silogismo
Mistura de Lula e Obama
Logo quer dizer racismo:
Mulher cafona, grosseira
Analfabeta – que abismo!

Adoro Mabel Veloso,
Betânia, dona Canô…
Para toda essa família
Meu carinho, meu alô.
Mas o mestre Caetanaz
Já está borocoxô!

É proibido proibir
O cordelista versar
Pois conforme disse Cae
“Gente é para brilhar”.
Então permita ao poeta
Liberdade de pensar.

Brasileiros, brasileiras
A Bahia está de luto.
Racistas em nossa terra
Radicalmente eu refuto.
Estamos envergonhados,
Todos fomos humilhados
Oh Caetano ‘involuto’.

FIM

Salvador, triste primavera de 2009

http://barretocordel.blogspot.com/2009/11/caetano-veloso-um-sujeito-alfabetizado.html

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Nossa solidariedade e nossa homenagem

Nonato Cruz , jornalista, agitador, esquerda a vida toda. Um cara simpático e gente boa pra caramba, que não conhecemos. Pai de um cara bacana, simpático, de esquerda, jornalista e modelo para muitos que se iniciam na difícil arte de ser jornalista. Olímpio falava sempre do pai. Com carinho e admiração. Foi nosso professor - dos mais queridos no IESB.
Ontem, dia 20, Nonato se foi, vítima de um acidente vascular cerebral. Olímpio postou no blog um depoimento belo e emocionado, do qual transcrevemos o trecho final:


“Nessa hora de dor, é difícil não lembrar de versos. Eu resolvi recorrer a Wystan Hugh Auden, poeta inglês morto em 1973, cujos versos deste “Funeral Blues” sempre me comoveram. Tenho certeza que meu pai gostaria de que eu colocasse aqui o poema “Imagem da Saudade”, de meu avô. Enquanto não recupero o livro com esse belo soneto do meu querido poeta Olímpio, deixo a verve inglesa falar por mim…”.
Querido Olímpio, nossas homenagens, nossa solidariedade.

Sidnei (Hercules) e Leila




Blues Fúnebre, W.H. Auden
Parem todos os relógios, desliguem o telefone
Evitem o latido do cachorro com um osso suculento
Silenciem os pianos e com tambores lentos
Tragam o caixão, deixem que o luto chore.
Deixem que os aviões voem em círculos altos
Riscando no céu a mensagem: Ele Está Morto.
Ponham gravatas beges no pescoço dos pombos brancos do chão.
Deixem que os guardas de trânsito usem luvas pretas de algodão.
Ele era meu Norte, meu Sul, meu Leste e Oeste,
Minha semana útil e meu domingo inerte,
Meu meio-dia, minha meia-noite, minha canção, meu papo,
Achei que o amor fosse para sempre: eu estava errado.
As estrelas não são necessárias: retirem cada uma delas,
Empacotem a lua e façam o sol desmanchar;
Esvaziem o oceano e varram as florestas;
Pois agora nada mais de bom nos resta.
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A CIGARRA, A FORMIGA E RAULZITO

Há inúmeras versões desta fábula. Monteiro Lobato, precursor da História Infantil no Brasil, em seu livro Fábulas, introduziu a fábula da formiga boa, pois a outra é uma avarenta e invejosa.. Na sua versão ele finaliza dizendo: "OS ARTISTAS - POETAS, PINTORES, MÚSICOS - SÃO AS CIGARRAS DA HUMANIDADE".


A versão em vídeo é outra releitura e acompanha o sentimento de solidariedade, que contraria as versões conservadoras em que a formiga se morde de inveja e é avarenta:


A Cigarra e a Formiga

Era uma vez uma cigarra que vivia saltitando e cantando pelo bosque, sem se preocupar com o futuro. Esbarrando numa formiguinha, que carregava uma folha pesada, perguntou:

- Ei, formiguinha, para que todo esse trabalho? O verão é para gente aproveitar! O verão é para gente se divertir!

- Não, não, não! Nós, formigas, não temos tempo para diversão. É preciso trabalhar agora para guardar comida para o inverno.

Durante o verão, a cigarra continuou se divertindo e passeando por todo o bosque. Quando tinha fome, era só pegar uma folha e comer.

Um belo dia, passou de novo perto da formiguinha carregando outra pesada folha.

A cigarra então aconselhou:

- Deixa esse trabalho para as outras! Vamos nos divertir. Vamos, formiguinha, vamos cantar! Vamos dançar!

A formiguinha gostou da sugestão. Ela resolveu ver a vida que a cigarra levava e ficou encantada. Resolveu viver também como sua amiga.

Mas, no dia seguinte, apareceu a rainha do formigueiro e, ao vê-la se divertindo, olhou feio para ela e ordenou que voltasse ao trabalho. Tinha terminado a vidinha boa.

A rainha das formigas falou então para a cigarra: - Se não mudar de vida, no inverno você há de se arrepender, cigarra! Vai passar fome e frio.

A cigarra nem ligou, fez uma reverência para rainha e comentou:

- Hum!! O inverno ainda está longe, querida!

Para cigarra, o que importava era aproveitar a vida, e aproveitar o hoje, sem pensar no amanhã. Para que construir um abrigo? Para que armazenar alimento? Pura perda de tempo.

Certo dia o inverno chegou, e a cigarra começou a tiritar de frio. Sentia seu corpo gelado e não tinha o que comer. Desesperada, foi bater na casa da formiga.

Abrindo a porta, a formiga viu a sua frente a cigarra quase morta de frio.

Puxou-a para dentro, agasalhou-a e deu-lhe uma sopa bem quente e deliciosa.

Naquela hora, apareceu a rainha das formigas que disse à cigarra: - No mundo das formigas, todos trabalham e se você quiser ficar conosco, cumpra o seu dever: toque e cante para nós.

Para cigarra e para as formigas, aquele foi o inverno mais feliz das suas vidas.


Fonte: Portal do Professor, do MEC

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Cartilha da ANDI Infância e Comunicação - Baixe Aqui na íntegra

Cartilha Infância e Comunicação destaca 10 pontos a serem discutidos pela sociedade



A ANDI e a Rede ANDI Brasil lançam a cartilha “Infância e Comunicação: Uma agenda para o Brasil”. A iniciativa é resultado de uma série de ações promovidas por organizações que têm o objetivo de estabelecer uma agenda comum de temas a serem tratados na 1ª Conferência Nacional de Comunicação e na 8ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, que acontecem em dezembro deste ano, em Brasília.




O material, que conta com o apoio da Fundação Itaú Social e do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), foi elaborado a partir da constatação sobre a necessidade de desenvolver um sistema de mídia que promova e proteja os direitos de meninos e meninas. Assim, foram formulados dez pontos fundamentais que possam contribuir para o fomento da reflexão sobre a responsabilidade dos veículos de comunicação junto ao público infanto-juvenil. Entre eles, há aspectos de estímulo aos benefícios da relação com a mídia e de proteção aos possíveis impactos negativos.



A regulação do setor por parte do Estado – bem como a participação das empresas de comunicação e da sociedade civil – é tida como instrumento fundamental na garantia da qualidade da informação disponível a crianças e adolescentes. A política de classificação indicativa, as ações de educação para a mídia, o incentivo à programação instrutiva e diversificada e a influência da publicidade também estão entre os assuntos abordados.



Como se encontram em uma fase de transição do desenvolvimento físico e psíquico, as políticas públicas que tocam na interface entre a infância e mídia precisam ser cada vez mais aprimoradas. Dessa forma, a cartilha “Infância e Comunicação: Uma agenda para o Brasil” busca promover a conscientização da sociedade sobre a importância dos conteúdos midiáticos na formação de meninos e meninas. O material será distribuído durante as conferências entre as principais instituições que atuam nas áreas da comunicação e da promoção e defesa dos direitos da criança e do adolescente, mas pode ser baixado nos sites das instituições.


PARA BAIXAR A CARTILHA "INFÂNCIA E COMUNICAÇÃO: UMA AGENDA PARA O BRASIL, CLIQUE AQUI.
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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

O HOMEM QUE ENGARRAFAVA NUVENS


FUI VER E RECOMENDO. ÓTIMO FILME.



Documentário musical sobre a vida e a obra do compositor, advogado, deputado federal e criador das leis de direito autoral, Humberto Teixeira. Teixeira foi um dos compositores mais prolíficos na música popular brasileira e precursor da criação de um dos estilos mais importantes, o baião. Ele foi responsável por clássicos como Adeus Maria Fulo e Asa Branca, a segunda canção mais popular no Brasil.
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quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

LULA - O Filho do Brasil - Trailer

Lula, o Filho do Brasil
A história de um homem comum, sua família e a extraordinária capacidade de superar dificuldades.
Com direção de Fábio Barreto (O Quatrilho), e baseado no livro homônimo de Denise Paraná, Lula, o Filho do Brasil traz para as telas o percurso de Luiz Inácio Lula da Silva, do seu nascimento, em 1945, até 1980, quando era um líder sindical consagrado. A data marca também a morte de uma pessoa extremamente influente em sua vida e em sua forma de pensar: Dona Lindu (Eurídice Ferreira de Mello), que criou oito filhos, sozinha, e tinha como lema "Nesta família ninguém vai ser ladrão ou prostituta". E cumpriu.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Mais Uma Omissão Criminosa do Jornal Nacional

O presente de Natal do Jornal Nacional
Venicio A. de Lima *

Qualquer lista séria dos principais jornais do mundo incluirá o Le Monde. Fundado pelo general Charles de Gaulle (1890-1970), em dezembro de 1944, era parte do programa maior de libertação da França que se seguiu ao fim da ocupação nazista na Segunda Grande Guerra.

Dirigido ao longo de 25 anos por um membro da Resistência e respeitado intelectual – Hubert Beuve-Méry (1902-1989) –, o Le Monde consolidou sua posição de "independência" com as denúncias de tortura perpetradas pelo exército francês na Argélia, convencendo seus leitores de que a guerra colonial "não era apenas uma questão política, mas era também moral". Tornou-se, desde então, uma referência na e da França.

Depois de 65 anos de existência, o Le Monde decidiu eleger, pela primeira vez, um personagem do ano em 2009. E essa escolha recaiu sobre o presidente Lula. O tema mereceu a primeira página do jornal francês na edição de 24 de dezembro, mais capa e longa matéria na sua revista semanal.

O que é notícia?

Serviria ao interesse público saber que um dos mais importantes jornais do mundo escolheu um presidente brasileiro – qualquer que seja o presidente brasileiro – como "Homem do Ano" e quais as razões que justificaram tal escolha? Constituiria esse fato uma "notícia" a ser divulgada no Brasil?

Aparentemente, sim. O portal G1, das Organizações Globo, por exemplo, postou matéria às 10h46 do dia 24/12 com o título "Le Monde escolhe Lula como `homem do ano 2009".

Vejamos qual foi o julgamento dos editores dos nossos principais telejornais sobre a "noticiabilidade" da escolha do Le Monde.´

O Repórter Brasil Noite, da TV Brasil, deu chamada...

O jornal francês Le Monde elege o presidente Lula o homem do ano de 2009. É a primeira vez que o diário de Paris, com 65 anos de história, faz esse tipo de indicação (¹).

... e nota com o seguinte texto:

Pela primeira vez o Le Monde escolhe o homem do ano: Lula

Apresentadora Carla Ramos – Pela primeira vez, em seus 65 anos, o jornal francês Le Monde escolheu a personalidade do ano e o eleito foi o presidente Lula. Segundo o jornal, um dos mais tradicionais da França, a escolha levou em conta a projeção internacional que o presidente Lula ganhou com as iniciativas de diálogo entre os países pobres e ricos. O jornal diz que Lula mudou a cara da América Latina e transformou o Brasil em uma potência. Mas o Le Monde lembrou que o Brasil ainda tem problemas estruturais na educação, casos de corrupção e uma Justiça preguiçosa (²).


O Jornal da Record não deu chamada, mas deu nota com o texto abaixo:

Presidente Lula é eleito o homem do ano pelo Le Monde

Apresentador Celso Freitas -: O presidente Lula foi eleito personalidade do ano pelo jornal francês Le Monde. É a primeira vez, em 65 anos de história, que o jornal elege uma personalidade. Em uma reportagem de quatro páginas com o título `O homem do ano`, a revista semanal do veículo destacou a preocupação de Lula com o desenvolvimento econômico do Brasil, além dos esforços do presidente na luta contra a desigualdade social e na defesa do meio ambiente (³).

O Jornal da Band deu chamada, nota e comentário:

Jornal da maior prestígio da França elege Lula homem do ano (4).

Apresentador Ricardo Boechat – O presidente Lula foi eleito pela segunda vez o homem do ano. Depois do jornal espanhol El País, agora o título veio do francês Le Monde.

Apresentadora Ticiana Villas Boas – É a primeira vez, em 65 anos de história do jornal, que o Le Monde faz esse tipo de indicação. A publicação justificou a escolha de Lula como o homem do ano por sua trajetória de antigo sindicalista por seu sucesso à frente de um país tão complexo como o Brasil, pela preocupação com o desenvolvimento econômico, com o combate à desigualdade e com a defesa do meio ambiente.

No começo do mês, o presidente já havia recebido a mesma homenagem do jornal espanhol El País. Em um artigo escrito pelo primeiro-ministro, José Luis Zapatero, Lula foi chamado de homem que assombra o mundo.

Comentário de Joelmir Beting – Para o Le Monde, francês, Lula é o homem do ano. Agora, para a revista Time americana, o cara do ano é Ben Bernanke, presidente do Banco Central dos Estados Unidos. Pararraios da crise global, ele usa e abusa. Para Lula, a crise não passou de `marolinha´, sua versão light aqui no Brasil. Para Bernanke, ela custou um desembolso em pronto-socorro, até agora, de US$ 2,7 trilhões, ou dois PIBs do Lula (5).

O SBT Brasil também deu chamada e nota:

O presidente Lula é o homem do ano. É o que diz um dos jornais mais importantes do mundo (6).

Apresentador César Filho – O presidente Lula ganhou o prêmio de `homem do ano´ de um dos jornais mais importantes do mundo: o Le Monde, da França. Pela primeira vez, em 65 anos, o Le Monde escolheu a personalidade mais importante do ano. Lula foi eleito pela trajetória singular à frente de um país tão complexo como o Brasil. Esta é a segunda homenagem a Lula na imprensa internacional só neste mês. No dia 11, ele entrou na lista das 100 personalidades mais importantes de 2009 feita pelo jornal espanhol El País. Em um artigo assinado pelo próprio primeiro-ministro da Espanha, José Luis Zapatero, Lula foi classificado de `homem que assombra o mundo´ (7).

E o Jornal Nacional da Rede Globo, o telejornal de maior audiência do país, editado e apresentado pelo jornalista que, segundo pesquisa da Datafolha, é a personalidade que recebe da nossa população a segunda maior nota na escala de "confiabilidade" entre todos os brasileiros?

Para o JN, a escolha de um presidente brasileiro como "Homem do Ano" pelo Le Monde não é notícia. O assunto simplesmente não entrou na pauta do telejornal(8).

Direito a informação e censura

Qual seria a justificativa editorial do JN para, ao contrário dos outros telejornais brasileiros, sonegar de seus muitos milhões de telespectadores essa informação?

Seria pedagógico conhecer essas razões, já que o JN considera – e anuncia, inclusive, nas universidades brasileiras – que pratica o paradigma do "bom jornalismo", a ser seguido por todos nós.

Seria, sobretudo, pedagógico discutir o critério jornalístico do JN à luz do direito à informação do telespectador. Esse direito tem sido veementemente evocado e defendido, não pelo seu sujeito, o cidadão, mas por grupos de mídia concessionários do serviço público de radiodifusão na permanente e incansável campanha que movem contra as "ameaças" de censura advindas do que consideram um Estado autoritário, incluindo decisões judiciais.

Seria a censura – partindo de onde? – uma possível justificativa para a omissão do JN, inexplicável do ponto de vista jornalístico?

Até que as razões sejam tornadas públicas, o telespectador do JN terá que se contentar com esse "presente de Natal" às avessas, no 24 de dezembro de 2009: omitir e esconder uma informação à qual ele – o telespectador – tem direito.

Ler ainda: Os sapatos de William Bonner

*Pesquisador sênior do Núcleo de Estudos sobre Mídia e Política da Universidade de Brasília. Autor/organizador, entre outros, de "A mídia nas eleições de 2006" Editora Fundação Perseu Abramo - 2007

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

A história de um homem extraordinário

Lula, o Filho do Brasil


A história de um homem comum, sua família e a extraordinária capacidade de superar dificuldades.

Com direção de Fábio Barreto (O Quatrilho), e baseado no livro homônimo de Denise Paraná, Lula, o Filho do Brasil traz para as telas o percurso de Luiz Inácio Lula da Silva, do seu nascimento, em 1945, até 1980, quando era um líder sindical consagrado. A data marca também a morte de uma pessoa extremamente influente em sua vida e em sua forma de pensar: Dona Lindu (Eurídice Ferreira de Mello), que criou oito filhos, sozinha, e tinha como lema "Nesta família ninguém vai ser ladrão ou prostituta". E cumpriu.

Filmado em dois estados (Pernambuco e São Paulo), sete cidades e 70 locações, entre 20 de janeiro e 18 de março de 2009, Lula, o Filho do Brasil percorre os principais pontos da trajetória humana de Lula, do árido sertão pernambucano, onde nasceu, à periferia de Santos, onde cresceu, e por fábricas e sindicatos do ABC paulista, onde viveu intensas transformações pessoais (como a perda da primeira mulher e do filho), e profissionais (como o emocionante discurso no estádio lotado da Vila Euclides, realizado sem sistema de som, quando 80 mil operários repetiram suas palavras para que todos pudessem ouvi-las).

No elenco de 130 atores destacam-se Rui Ricardo Diaz, que em sua estreia cinematográfica, interpreta Lula dos 18 aos 35 anos; Glória Pires como Dona Lindu, Cleo Pires (Lurdes, primeira mulher de Lula), Juliana Baroni (Marisa Letícia). Milhem Cortaz (Aristides, como o pai violento). As filmagens contaram ainda com 3.000 figurantes.

Lula, o Filho do Brasil tem fotografia de Gustavo Hadba, direção de arte de Clóvis Bueno, figurinos de Cristina Camargo, roteiro de Daniel Tendler, Denise Paraná e Fernando Bonassi, música de Antônio Pinto e Jaques Morelenbaum.

"Não fizemos um filme sobre um político ou o presidente da República, mas sobre um homem comum, sua família e a extraordinária capacidade de superar dificuldades," define o produtor Luiz Carlos Barreto, idealizador do projeto.

Produzido pela LC Barreto / Filmes do Equador, e Intervídeo Digital, produção Paula Barreto e produção executiva de Rômulo Marinho Jr, Lula, o Filho do Brasil foi realizado sem leis de incentivo municipal, estadual ou federal. Entre seus patrocinadores estão SENAI, Camargo Corrêa, GDF Suez, EBX, OAS, Ambev, Odebrecht, Volkswagen, Souza Cruz, Hyundai, Grupo JBS- Friboi, Estre Ambiental, Neo Energia, CPFL, Grendene e Oi.

Sinopse:

1945, sertão de Pernambuco. Menos de um mês depois da partida do marido Aristides para tentar a vida em São Paulo com uma moça bem mais nova, Dona Lindu dá a luz ao seu sétimo filho, Luiz Inácio da Silva, que logo ganha o apelido de "Lula". Sozinha, Dona Lindu, uma mulher simples e de rígidos valores morais, enfrenta as dificuldades sem se queixar.

Durante a seca de 1952, a pior da história do Nordeste, a família recebe uma carta de Aristides, chamando mulher e filhos para viverem a seu lado em São Paulo. Dona Lindu vende tudo o que tem e parte com os filhos, sem saber de que se tratava de uma carta falsa: cansado de apanhar do pai, Jaime forjara uma carta convocando a família. Na verdade, Aristides queria distância da primeira mulher e de seus sete filhos.

A viagem em pau-de-arara do sertão até Santos dura 13 dias e 13 noites. Durante o longo percurso, Lula testemunhou situações de grande miséria e crueldade, e também a integridade e compaixão da mãe.

Santos foi a primeira parada da família, onde Aristides vivia com outra mulher e sobrevivia como estivador. Dona Lindu e seus filhos viviam em condições precárias, agravadas pela crescente violência do pai que passou a beber cada vez mais. Dona Lindu insistia para que os meninos estudassem, enquanto o pai proibia esse 'luxo': "Filho de pobre tem que trabalhar e não estudar" dizia. O pequeno Lula ia à escola, vendia frutas na rua e confrontava o pai. Um dia Dona Lindu toma uma atitude audaciosa: abandona o marido e vai para São Paulo em busca de uma vida melhor para os filhos.

Em 1963, Lula oferece uma enorme felicidade à mãe: conclui o curso profissionalizante do SENAI. Como todo jovem de sua idade, vai ao cinema, bailes, e passa a namorar Lurdes, irmã de Lambari, seu melhor amigo.

Uma nova mudança leva os Silva para o ABC paulista. Lula passa a exercer a profissão de torneiro-mecânico da indústria automobilística. O casamento com Lurdes e uma casinha modesta pareciam selar um final feliz para o jovem migrante. A mãe envelhecia e via seus filhos cumprirem seu lema - nenhum deles saiu da trilha: Vavá, Ziza, e Lula tornaram-se operários qualificados, Zé Cuia motorista, Jaime continuou estivador. Marinete, Maria e Sebastiana casaram-se. A felicidade de Lula, no entanto, sofreu um golpe trágico: por falta de assistência médica, ele perde a mulher, grávida de nove meses, e o filho.

Sempre apoiado pela mãe, Lula demora a se recuperar. Volta-se cada vez mais para a militância sindical, que a princípio rejeitou. Em mais um lance do destino, um motorista de táxi lhe fala da nora, Marisa Letícia, uma jovem viúva, com um filho. Pouco depois, no Sindicato, conhece Marisa Letícia, que seria sua segunda mulher, com quem teria quatro filhos.

Na década de 70, o percurso de Lula passa por profundas transformações pessoais e profissionais. Como líder sindical ele emerge como uma força política renovadora. Dona Lindu estava certa quando batia na cabeça do menino e dizia: "Este aqui vai ser gente. Vai ter uma profissão".

"Lula, o Filho do Brasil" conta a saga da família Silva, uma saga igual a de tantas outras famílias Silva do Brasil.

http://www.lulaofilhodobrasil.com.br/

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