terça-feira, 30 de junho de 2009

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Manuela: "Devemos trabalhar com aquilo que nos unifica"



“Hoje, os deputados dão as outorgas no escuro, sem ter informações aprofundadas a respeito”, lamentou Erundina, que na Câmara integra a Comissão de Ciência e Tecnologia e a subcomissão de Radiodifusão e preside a Subcomissão Especial de Acompanhamento da Implantação das medidas constantes no Relatório Final da Subcomissão Especial destinada a analisar mudanças nas normas de apreciação dos atos de outorga e renovação de concessão, permissão ou autorização de serviço de radiodifusão sonora e de sons e imagens.

Tal comportamento dos deputados, apontado por Erundina, é resultado principalmente da falta de interesse no controle das outorgas e dos veículos de comunicação, dentro da lógica do coronelato eletrônico que sempre marcou o Brasil. “O artigo 54 tem sido constantemente desrespeitado. Vinte e oito senadores têm concessões e alegam que a Constituição não deixa claras as regras. E tudo fica por isso mesmo”, explicou, citando o item da Carta que proíbe os parlamentares de firmar ou manter contrato com, entre outras, empresas concessionárias de serviço público.



Luiza Erundina (PSB-SP), deputada desde 1999 é, aos 75 anos, uma das mais atuantes parlamentares na luta pela democratização das comunicações. Ela esteve neste domingo (28) no seminário Propostas concretas para a democratização da comunicação, do Vermelho, ao lado da deputada Manuela D’Ávila (PCdoB-RS) para debater as propostas para o setor. Erundina fez um raio-x alarmante, mas se disse otimista porque apesar de adverso, o cenário abre espaços para a maior integração entre Congresso e sociedade.

(...)

Para Manuela, é necessário unificar os setores interessados em mudar a mídia no Brasil. “Aprendi que mobilizamos a sociedade através de bandeiras específicas. Esses quatro pontos são algumas contribuições nesse sentido. Somos pequenos diante deles e não podemos nos dividir em questões menores. Devemos trabalhar com aquilo que nos unifica”.

Leia a materia de Priscila Lobregate


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quarta-feira, 24 de junho de 2009

Franz Schubert - Standchen (Serenade)



The Odeum Guitar Duo (Robert Wetzel & Fred Benedetti) performs the well known composition by Franz Schubert / arr. Franz Liszt - Standchen (Serenade) - in concert on a live television broadcast in San Diego, California on April 8, 2001.

Arranged by Robert Wetzel who used the Franz Liszt solo piano arrangement (S. 560:7) as the source for adapting the guitar duo version heard and seen here.

A belíssima música de Schubert, omposta para piano, e concerto de cordas. Lindo!

Porque o Brasil não ia para a frente?

Óoootimo! Muito didático.
Se dependese da mídia, estaríamos sendo ludibriados com as falsas soluções do governo passado. Infelizmente, alguns ainda se limitam a assistir a Globo e a ler as revitas porcas, tipo Veja. E aí acreditam nos contos tucanos e acham que o Brasil não tem solução. Como não? Lula veio mostrar que tem.
E cabe a nós, somente a nós, levar à frente e r a d i c a l i z a r.
Obrigada por enviar, Maevinha. Aplicando o Zeitgeist, dá uma noção mais real do real.



Se não visualizar aqui, vai no Youtube

domingo, 21 de junho de 2009

A quem interessa a inutilidade do diploma?


Jornalismo: a quem interessa a inutilidade do diploma?

por Adalberto Monteiro*

O fim da exigência do diploma para o exercício profissional do jornalismo foi justificado pelo STF como um ato “em defesa da liberdade de expressão”. Todavia, essa sentença atende, na verdade, aos interesses dos monopólios. Liberdade total para as empresas. Poder absoluto ao patronato.

O presidente do STF ministro Gilmar Mendes, relator da matéria, alicerçou seu voto no argumento de que a exigência de formação específica em curso deve ser dispensada para a garantia “do exercício pleno das liberdades de expressão e informação”. Já o ministro Ayres Brito baseado no lema “woodstckiano” de que “é proibido proibir,” proclamou: “Nesse campo, a salvaguarda das salvaguardas da sociedade é não restringir nada. Quem quiser se profissionalizar como jornalista é livre para fazê-lo, porém esses profissionais não exaurem a atividade jornalística. Ela se disponibiliza para os vocacionados, para os que têm intimidade com a palavra”. Que bonito!“ Todo aquele que tiver intimidade com a palavra” tem o direito de exercer o jornalismo. Veremos o que acarreta esta inspirada benevolência do ministro.

Vejamos o argumento-mor do relator. Fim do diploma com o objetivo de assegurar “o exercício pleno das liberdades de expressão e informação”. De fato, no Brasil, embora a Constituição assegure esse direito, a sociedade não usufrui plenamente dele. Esse direito é mitigado, é bloqueado pelo monópolio que controla a indústria da comunicação. O jornalista não tem soberania sobre seus textos. Obviamente, as empresas selecionam meticulosoamente as pautas, os enfoques, segundo interesses políticos e econômicos que as regem e as financiam. Portanto, a liberdade de expressão e informação no país não será ampliada com o aumento indiscriminado de profissionais. Não é alargando o direito de exercício da profissão a qualquer um que tenha o dom da palavra que a sociedade terá mais e melhor informação.

Sempre foi assim, mas sobretudo na contemporaneidade: para a democracia o direito à comunicação é tão importante quanto o sufrágio universal. É um equívoco minimizar a importância desse setor em relação a outros. E, infelizmente, foi isto que fez o STF. Basta ter “o dom da palavra” para uma pessoa exercer a advocacia? Basta ter sapiência em História para ser professor desta matéria? Não, desde há muito a sociedade inventou uma tal de escola, depois uma tal universidade, para formar e capacitar cidadãos e cidadãs neste e naqueles serviços, nestas e naquelas atividades que a sociedade precisa para existir. É fundamental exercê-las com capacitação específica e, também, com uma dimensão crítica, ética, humanística.

Circula também o juízo de que os prejudicados com o fim da obrigatoriedade serão “tão somente” as corporações sindicais e as empresas de ensino que formam jornalistas. “Corporações sindicais”, leia-se, os sindicatos que têm como filiados os profissionais que trabalham no setor. Sim, exatamente. Por isso, a Associação Nacional dos Jornais (ANJ, do patronato) festejou a decisão do STF. Qualquer um pode ser jornalista. Logo, o exercício da profissão será precarizado, os salários serão ainda mais rebaixados. Como disse Sérgio Murillo, o presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), a categoria se torna um coletivo disforme, debilitado frente ao patronato. Quanto às deficiências dos cursos de jornalismo, não se trata de um problema exclusivo da área. A solução não é negá-los e sim a luta permanente para que tenham uma qualidade melhor.

Em suma, o fim da obrigatoriedade do diploma é um lance a mais na onipotência do monopólio midiático. Mas “ a luta continua”...
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http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=58290

Nota do Sindicato de Professores sobre demissões do IESB


IESB Demite Professores



O Sindicato reuniu-se com a direção do Iesb na tentativa de encontrar uma saída política para o processo de demissão de 120 professores da instituição que trabalham a vários anos na empresa.



Essas demissões estão ligadas à pretensão do Iesb em transformar a instituição em Centro Universitário. Para isso terá que cumprir exigências do MEC, entre as quais a contratação de professores com titularidade de especialização, mestrado ou doutorado.


Segundo se sabe, essas exigências já eram do conhecimento da instituição desde 2007. Mesmo assim, a direção não tomou qualquer providência no sentido de organizar, com recursos da própria faculdade, um programa de estímulo à pósgraduação para os seus professores.


Esse processo, além de desrespeito aos profissionais que se dedicaram tantos anos à instituição, é uma demonstração clara de falta de planejamento e da visão mercantilista do setor privado de ensino, que tem a educação como um simples produto voltado para os interesses do mercado.


O Sinproep-DF continuará fazendo gestões junto à direção do Iesb para exigir a revisão dos procedimentos de demissões adotados, por meio de solução política e coloca o seu Núcleo Jurídico à disposição do colegas demitidos para, se for preciso, cobrar os seus direitos na Justiça do Trabalho.

do sítio do Sindicato

Doyle critica IESB e avaliação institucional

Como as normas de avaliação do ensino superior não consideram as especificidades dos cursos e privilegiam a titulação, a exigência absoluta de pós-graduação hoje se estende às instituições privadas de ensino superior, que precisam ser bem avaliadas pelas autoridades educacionais. Há poucos dias, uma delas demitiu um grupo de professores (fala-se em 60) sem pós-graduação. Entre eles, jornalistas experientes, bons profissionais — e, pelo que dizem alunos e
ex-alunos, alguns são ótimos professores.



Há lugar para os profissionais
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Hélio Doyle
Jornalista, professor da Faculdade de Comunicação da UnB

Convidei o cineasta, documentarista e ex-jornalista Vladimir Carvalho para conversar com meus alunos, calouros de jornalismo, publicidade e audiovisual — as três habilitações do curso de comunicação na Universidade de Brasília. Foi excelente. Vladimir, professor aposentado da UnB, poderia perfeitamente ainda estar dando aulas. Tem conhecimento acumulado, experiência profissional, vivência acadêmica, energia e trabalhos importantes, muitos deles premiados, a mostrar.

Mas hoje ele não seria aceito pela UnB: não tem o título de doutor, sequer o de mestre. As universidades federais geralmente só abrem concurso público para doutores. No mínimo, em alguns casos, para mestres.

Por isso, Vladimir Carvalho, 22 filmes realizados, um dos maiores documentaristas do país, não conseguiria ser professor na UnB. Mas um jovem de 28 anos de idade, sem um só filme realizado, tem grandes chances de ser contratado — se tiver o título de doutor, quem sabe obtido com uma tese sobre a obra cinematográfica de Vladimir Carvalho.

O mesmo aconteceria com o jornalista Carlos Chagas, também já aposentado como professor da UnB. Hoje, Chagas, com toda sua experiência profissional e de vida, excelente professor que foi, não conseguiria entrar na UnB. Não é doutor nem mestre. As normas estabelecidas pelas autoridades educacionais consideram que uma vaga de professor de jornalismo estará mais bem ocupada por um jovem inexperiente profissionalmente, que muitas vezes mal conhece uma redação e nunca exerceu a função de repórter ou editor, mas que seja doutor.

Tem mais. Só se entra na UnB com dedicação exclusiva. Ou seja, um jornalista ou publicitário bem-sucedido, que chefie uma redação de jornal ou uma agência de propaganda, não pode levar seus ensinamentos aos alunos de comunicação se não optar pela dedicação exclusiva à instituição, deixando de lado a vida profissional. Mesmo que seja excelente professor. E titulação vale para ganhar mais, experiência profissional não vale nada.

Como as normas de avaliação do ensino superior não consideram as especificidades dos cursos e privilegiam a titulação, a exigência absoluta de pós-graduação hoje se estende às instituições privadas de ensino superior, que precisam ser bem avaliadas pelas autoridades educacionais. Há poucos dias, uma delas demitiu um grupo de professores (fala-se em 60) sem pós-graduação. Entre eles, jornalistas experientes, bons profissionais — e, pelo que dizem alunos e ex-alunos, alguns são ótimos professores.

Em cursos como o de comunicação, que forma jornalistas, publicitários, relações públicas e profissionais da área audiovisual, é preciso aliar as disciplinas de formação teórica e o embasamento científico à formação para a atividade profissional. São ensinados os processos e as teorias da comunicação, mas os alunos de jornalismo, por exemplo, também têm de aprender a apurar uma notícia, entrevistar uma fonte, redigir um texto jornalístico, editar para meios impressos ou eletrônicos. Mais que isso, têm de entender a profissão, conhecer a realidade do mercado no qual serão jogados. Não é o título de mestre ou de doutor que fará alguém, necessariamente, ensinar isso melhor do que um jornalista experiente e competente.

A boa universidade tem de ter muitos doutores e mestres e deve se empenhar para que seus professores obtenham esses títulos. A maioria dos professores deve se dedicar exclusivamente ao ensino e à pesquisa. Mas há lugar para professores que, sem títulos acadêmicos, tenham vivência, experiência profissional e carreiras bem-sucedidas. E, sobretudo, vontade de transmitir conhecimentos. Não há razão para exigir que profissionais dispostos a dedicar algumas horas semanais ao ensino tenham de se afastar das redações, agências, produtoras e emissoras.

A pós-graduação é um elemento importante de avaliação acadêmica, e deve ser incentivada, mas não é essencial para todos os que dão aulas no ensino superior. Falo da comunicação, que conheço. Presumo que isso não se aplique a todas as áreas acadêmicas. Mas já ouvi o mesmo argumento de alunos, professores e profissionais do direito, da arquitetura, da medicina, das artes. Doutores, mestres e especialistas devem conviver com bacharéis, que no futuro poderão ser pós-graduados. Professores em dedicação exclusiva devem conviver com professores que dão duas, quatro ou oito horas de aulas semanais. A universidade voltada para a formação integral de seus alunos só tem a ganhar com essa diversidade.

sábado, 20 de junho de 2009

Jornalistas: Manifestação 2ª feira em Brasilia e outros estados



Indignação cresce de norte a sul: novos protestos convocados para segunda-feira

Estudantes de Jornalismo de diversas cidades do país organizam novas manifestações de desagravo à decisão do STF que aboliu a obrigatoriedade da formação universitária para a profissão de jornalista. Os atos estão marcados para esta segunda-feira, dia 22, em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Teresina e Caxias do Sul. Serão simultâneos, a partir das 10h. Em Porto Alegre, haverá manifestação na quarta.

A FENAJ, os Sindicatos de Jornalistas e o Fórum Nacional de Professores de Jornalismo se engajaram na mobilização e estão convocando profissionais e professores a participarem ativamente.

Também conclamam demais segmentos profissionais, movimentos sociais, parlamentares, autoridades a comparecerem às atividades, levando às ruas o apoio e preocupações que já vêm externando aos jornalistas.

Conforme os Diretórios Acadêmicos dos Cursos de Jornalismo que lideram a organização, serão promovidas passeatas que culminarão com atos e a orientação é para que todos participantes vistam preto, usem nariz de palhaço, levem apitos e empunhem colheres de pau, além de faixas e banners da campanha pela valorização da formação e profissão de jornalista. As manifestações serão simultâneas em todas estas cidades, a partir das 10h desta segunda-feira. Já em Porto Alegre, o Sindicato está convocando mais um ato para quarta-feira.

Veja, a seguir, as informações, cidade por cidade, sobre locais de concentração e trajetos das passeatas.

SÃO PAULO (SP)

DIA: 22/06 – segunda-feira
HORÁRIO: 10h
CONCENTRAÇÃO: em frente ao metrô Consolação - av. Paulista, altura do nº 2163
PASSEATA: até Hotel Reinascence
* Para quem é de Campinas, às 8h sairá um ônibus da PUC levando os manifestantes até a capital.

BRASÍLIA (DF)

DIA: 22/06 - segunda-feira
HORÁRIO: 10h
CONCENTRAÇÃO: Praça dos Três Poderes
PASSEATA : até a Esplanada dos Ministérios

RIO DE JANEIRO (RJ)

DIA: 22/06 - segunda-feira
HORÁRIO: 10h
CONCENTRAÇÃO: ABI
PASSEATA: até o Palácio Tiradentes

Mais aqui: http://www.fenaj.org.br/materia.php?id=2651

Aluno! Aluno!


Ouça

Aluno ... quem é você? ... ... Aluno ... cadê você? ... cadê sua voz, aluno?
... universidade pra quem? ... universidade pra quê?
... o ensino é de boa qualidade? ... vai participar? ...

Audio dos Alunos do Iesb veiculada na manifestação O Enterro da Ética,
em frente ao IESB, 5ª feira, 18.
Vale a pena ouvir, está muito bacana. Divulgue.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Perdemos todos, venceu a ganância

O Supremo Tribunal Federal (STF) ofereceu ao patronato, ontem, a derrubada da obrigatoriedade do diploma para os jornalistas. É necessária uma reflexão sobre as consequencias dessa decisão. Vale a pena ler o artigo de Leandro Fortes, no blog Brasília eu Vi :

Péssima notícia
por Leandro Fortes

O fim da obrigatoriedade do diploma para o exercício do jornalismo é uma derrota para a sociedade brasileira, não esta que discute alegremente conceitos de liberdade de expressão e acredita nas flores vencendo o canhão, mas outra, excluída da discussão sobre os valores e os defeitos da chamada “grande imprensa”. São os milhões de brasileiros informados por esquemas regionais de imprensa, aí incluídos jornais, rádios, emissoras de TV e sites de muitas das capitais brasileiras, cujo único controle de qualidade nas redações era exercido pela necessidade do diploma e a vigilância nem sempre eficiente, mas necessária, dos sindicatos sobre o cumprimento desse requisito.
Tenho ouvido, há anos, como continuei ouvindo, hoje, quando o STF decidiu por oito votos a um acabar com a obrigatoriedade do diploma, essa lengalenga interminável sobre os riscos que a liberdade de expressão sofria com a restrição legal a candidatos a jornalistas sem formação acadêmica específica. Esse discurso enviesado de paixão patronal, adulado aqui e ali por jornalistas dispostos a se sintonizar com os sempre citados países do Primeiro Mundo que não exigem diploma, gerou uma percepção falaciosa, para dizer o mínimo, de que para ser jornalista basta apenas ter jeito para a coisa, saber escrever, ser comunicativo ou, como citou um desses ministros do STF, “ter olho clínico”. Foi baseado nesse amontoado de bobagens, dentro de uma anti-percepção da realidade do ofício, que se votou contra o diploma no Supremo.
Conheço e respeito alguns (poucos) jornalistas, excelentes jornalistas, que sempre defenderam o fim do diploma, e não porque foram cooptados pelo patronato, mas por se fixarem em bons exemplos e na própria e bem sucedida experiência. São jornalistas de outros tempos, de outras redações, de outra e mais complexa realidade brasileira, mais rica, em vários sentidos, de substância política e social. Não é o que vivemos hoje. Não por acaso, e em tom de deboche calculado, o ministro Gilmar Mendes, que processa jornalistas que o criticam e crê numa imprensa controlada, comparou jornalistas a cozinheiros e costureiros ao declarar seu voto pelo fim da obrigatoriedade do diploma. É uma maneira marota de comemorar o fim da influência dos meios acadêmicos de esquerda, historicamente abrigados nas faculdades de jornalismo, na formação dos repórteres brasileiros.
Sem precisar buscar jornalistas formados, os donos dos meios de comunicação terão uma farta pescaria em mar aberto. Muito da deficiência dessa discussão vem do fato de que ela foi feita sempre pelo olhar da mídia graúda, dos jornalões, dos barões da imprensa e de seus porta-vozes bem remunerados. Eu, que venho de redações pequenas e mal amanhadas da Bahia, fico imaginando como é que essa resolução vai repercutir nas redações dos pequenos jornais do interior do Brasil, estes já contaminados até a medula pelos poderes políticos locais. Arrisco um palpite: serão infestados por jagunços, capangas, cabos eleitorais e familiares.
O fim da obrigatoriedade do diploma vai, também, potencializar um fenômeno que já provoca um estrago razoável na composição das redações dos grandes veículos de comunicação: a proliferação e a expansão desses cursinhos de trainee, fábricas de monstrinhos competitivos e doutrinados para fazer tudo-o-que-seu-mestre-mandar. Ao invés de termos viabilizado a melhoria dos cursos de jornalismo, de termos criado condições para que os grandes jornalistas brasileiros se animassem a dar aulas para os jovens aspirantes a repórteres, chegamos a esse abismo no fundo do qual se comemora uma derrota.
De minha parte, acho uma pena.

Olímpio Cruz (em comentários):
É, uma pena.Mas o melhor mesmo foi o voto do ministro Gilmar Mendes, o douto presidente do STF: “Um excelente chefe de cozinha poderá ser formado numa faculdade de culinária, o que não legitima estarmos a exigir que toda e qualquer refeição seja feita por profissional registrado mediante diploma de curso superior nessa área. O Poder Público não pode restringir, dessa forma, a liberdade profissional no âmbito da culinária. Disso ninguém tem dúvida, o que não afasta a possibilidade do exercício abusivo e antiético dessa profissão, com riscos eventualmente até à saúde e à vida dos consumidores”.
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quarta-feira, 17 de junho de 2009

Gaspari escreve sobre bolsitas do ProUni e repõe verdades


A cota de sucesso da turma do ProUni

Por Elio Gaspari, no Jornal O Globo


A demofobia pedagógica perdeu mais uma para a teimosa insubordinação dos jovens pobres e negros. Ao longo dos últimos anos o elitismo convencional ensinou que se um sistema de cotas levasse estudantes negros para as universidades públicas eles não seriam capazes de acompanhar as aulas e acabariam fugindo das escolas. Lorota. Cinco anos de vigência das cotas na UFRJ e na Federal da Bahia ensinaram que os cotistas conseguem um desempenho médio equivalente ao dos demais estudantes, com menor taxa de evasão. Quando Nosso Guia criou o ProUni, abrindo o sistema de bolsas em faculdades privadas para jovens de baixa renda (põe baixa nisso, 1,5 salário mínimo per capita de renda familiar para a bolsa integral), com cotas para negros, foi acusado de nivelar por baixo o acesso ao ensino superior. De novo, especulou-se que os pobres, por serem pobres, teriam dificuldade para se manter nas escolas.

Os repórteres Denise Menchen e Antonio Gois contaram que, pela segunda vez em dois anos, o desempenho dos bolsistas do ProUni ficou acima da média dos demais estudantes que prestaram o Provão. Em 2004, os beneficiados foram cerca de 130 mil jovens que dificilmente chegariam ao ensino superior (45% dos bolsistas do ProUni são afrodescendentes, ou descendentes de escravos, para quem não gosta da expressão),

O DEM (ex-PFL) e a Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino foram ao Supremo Tribunal Federal, arguindo a inconstitucionalidade dos mecanismos do ProUni. Sustentam que a preferência pelos estudantes pobres e as cotas para negros (igualmente pobres) ofendiam a noção segundo a qual todos são iguais perante a lei. O caso ainda não já foi julgado pelo tribunal, mas já foi relatado pelo ministro Carlos Ayres de Britto, em voto memorável. Ele lembrou um trecho da Oração aos Moços, de Rui Barbosa: "Tratar com desigualdade a iguais, ou a desiguais com igualdade, seria desigualdade flagrante, e não igualdade real."

A "Oração aos Moços" é de 1921, quando Rui já prevalecera com sua contribuição abolicionista. A discussão em torno do sistema de acesso dos afrodescendentes às universidades teve a virtude de chamar a atenção para o passado e para a esplêndida produção historiográfica sobre a situação do negro brasileiro no final do século XIX. Acaba de sair um livro exemplar dessa qualidade, é "O jogo da dissimulação - Abolição e Cidadania Negra no Brasil", da professora Wlamyra de Albuquerque, da Federal da Bahia. Ela mostra o que foi o peso da cor.

Dezesseis negros africanos que chegaram à Bahia em 1877 para comerciar foram deportados, apesar de serem súditos britânicos.

Negros ingleses negros eram, e o Brasil não seria o lugar deles.

A professora Albuquerque transcreve em seu livro uma carta de escravos libertos endereçada a Rui Barbosa em 1889, um ano depois da Abolição.

Nela havia um pleito, que demorou para começar a ser atendido, mas que o DEM e os donos de faculdades ainda lutam para derrubar:

"Nosso filhos jazem imersos em profundas trevas. É preciso esclarecê-los e guiá-los por meio da instrução."
A Comissão pedia o cumprimento de uma lei de 1871 que prometia educação para os libertos. Mais de cem anos depois, iniciativas como o ProUni mostraram não só que isso era possível, mas que, surgindo a oportunidade, a garotada faria bonito.

ELIO GASPARI é jornalista

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Petrodemocratização



Petrobras democratiza a comunicação

Depois de décadas sofrendo ataques violentos vindo de grupos que nunca engoliram a sua existência, a Petrobras resolveu tomar uma atitude preventiva, de defesa. Daí a surpresa e a grandiosidade do ato de criação do blog Fatos e Dados, um marco na história da comunicação social.

Laurindo Lalo Leal Filho, para Agência Carta Maior

O blog Fatos e Dados colocado no ar pela Petrobras é um marco na história da comunicação social. A partir de agora a relação entre as fontes e os veículos de informação muda de patamar, tornando-se mais equilibrada.

Até então a fonte, detentora da titularidade da informação, abria mão desse poder transferindo-o de forma integral para a mídia. E esta fazia do conteúdo informativo o que bem entendia. Daqui para frente isso não irá mais acontecer. Precavida, a fonte se antecipa ao veículo tornando públicas as informações prestadas. Estreita-se dessa forma a margem de manipulação. E quem ganha é o público, na medida em que as informações tornam-se mais confiáveis. Ou pelos menos "checáveis".

Nesse sentido a ação comunicativa da Petrobras vai muito além dos seus resultados imediatos. Ela se insere no processo de construção de uma ordem informativa mais democrática e equilibrada que teve um dos seus pontos altos ao final dos anos 1970 quando a UNESCO deu por concluída a tarefa de propor a criação de uma nova ordem mundial da informação e da comunicação. O resultado desse trabalho, realizado por uma comissão presidida pelo irlandês Sean Mac Bride e que contou com a participação, entre outros, do colombiano Gabriel Garcia Marquez, está no livro "Um mundo e muitas vozes", publicado pela Fundação Getúlio Vargas.

Leia a íntegra do artigo do professor aqui
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Justiça proíbe Olinda de autorizar rádios comunitárias



Comunicação e cultura Nota publicada em 15/06/2009 - 15:18 hs.


PERNAMBUCO - RÁDIOS COMUNITÁRIAS


Justiça proíbe Olinda de autorizar rádios comunitárias


O município de Olinda, em Pernambuco, está proibido de conceder autorizações de funcionamento a rádios comunitárias. As autorizações já concedidas foram anuladas.A ação civil pública foi ajuizada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A decisão é da 21ª Vara da Justiça Federal em Pernambuco~.


O município entrou com recurso que não foi acatado pela Segunda Turma do Tribunal Regional Federal da 5ª Região.


A prefeitura de Olinda alegou que a Lei municipal nº 5.460/05, que trata das autorizações, é constitucional porque o município possui competência para legislar sobre assuntos de interesse local.

Afirmou ainda que as dificuldades para autorizar o funcionamento das rádios comunitárias demonstram a ausência de interesse da União na matéria, o que favorece a manutenção de oligopólios nos meios de comunicação.

Em seu parecer, o MPF argumentou que os municípios não podem conceder autorizações de funcionamento a rádios comunitárias, tampouco legislar sobre o tema. O entendimento é de que a matéria é de competência exclusiva da União.


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Especulação campeã do DF - Cana do Reino



Veja o vídeo no Youtube

Parte 2


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quinta-feira, 11 de junho de 2009

IESB - repercussões

Alunos do Iesb bloqueiam parte da L2 Sul em protesto contra demissões de professores
(A notícia está no Correio Brasiliense. clique aqui )

A nota só não fala que faltou planejamento à faculdade, que nao se preparou para o recadastramento junto ao MEC. Este é que foi o motivo da truculência das demissões.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Cheios do Swing




Wilson Simonal, um dos cantores mais importantes da década de 1960 , teve sua vida - ascensão e queda - biografada no documentário "Simonal - Ninguém Sabe o Duro Que Dei", que tem a intenção explícita de reabilitá-lo perante a história.

Conhecido pelo seu swing, Simonal chegou a ter um mascotinho, o Mug, que fez sucesso entre as garotas, na época da jovem guarda.

Mas, em seguida, sucede a ditadura e Simonal se envolveu com ela, o que veio à tona em 1971, em um episódio, que envolveu um funcionário seu, espancado a seu pedido por “amigos” do Dops.

Todos os jornais da época noticiaram sobre o assunto, estamparam fotos e tudo mais. O funcionário, que era seu contador, o denunciara à justiça, que diante das irrefutáveis provas, o condenou por cárcere privado e agressão física. A arrogância do artista o levou a argumentar, no processo judicial, que era informante da polícia, como a querer angariar simpatia, em plenos anos de chumbo.

O filme, além de usar o tempo do verbo errado (teria), ao referir-se ao feito de Simonal, tenta despertar no espectador a compaixão pela derrocada de sua carreira.

Acho válido que se tente recuperar o valor do talento dele como artista, embora pessoalmente não consiga separar o homem da sua arte. Não com a desfaçatez de colocar em dúvida fatos comprovados, como faz o filme e a mídia surfando nessa onda.

O ombudsman da Folha de São Paulo na época, Mário Magalhães, registrou a sua estranheza. Afinal, o jornal dele dera há anos a notícia que agora tentam imputar à perseguição de uma esquerda rancorosa.

Simonal não foi vítima da intolerância nem da esquerda, nem muito menos de preconceito racial, como querem alguns. Ele foi vítima de sua formação moral deficiente, de seu débil caráter. Foi vítima da própria arrogância. O contador, sim, foi vítima de truculência e injustiça. Jamais foi confirmada a suspeita de Simonal, jamais se provou nada contra o contador. E ele foi humilhado e torturado.

Muitos blogs e colunas têm se deixado envolver por inconsistentes e cômodas suposições, ajudados por uma patética afirmação da Secretaria de Direitos Humanos, de que jamais foi provado que Simonal pertencia realmente aos quadros de informantes do Dops e das Forças Armadas. Uma homenagem? Patético. Talvez não tenham achado nenhum cadáver para testemunhar. Até porque, na época, nem o direito á integridade de seu cadáver, os mortos conseguiam manter. Mas que dá importância a provas de que ele fosse ou não dos quadros, se foi Simonal mesmo quem afirmou em juízo ser informante? Alguém de boa fé, pode ter dúvidas?

Deixo aqui trechos do texto do ombudsman:


"A história omitida
(...) A Folha publica hoje reportagem sobre documentário biográfico de Simonal.
O jornal embarca na versão de que o cantor foi "acusado" de ser informante da ditadura militar.
A história inteira (pelo menos a conhecida): à Justiça ele afirmou que não era informante "apenas" do Dops da Guanabara, mas também de órgão do Exército encarregado de combater os inimigos do regime.
Mais: Simonal levou ao tribunal testemunhas. Policial do Dops e oficial do Exército confirmaram a condição de informante da polícia política e das Forças Armadas.
Não faço idéia se essas informações constam do filme.
Mas é estranho que estejam ausentes da reportagem do jornal.
O motivo é simples: elas constam do noticiário da Folha no dia seguinte à morte de Simonal.
Os documentos legais, nos quais o artista se diz informante e apresenta testemunhas, seguem à disposição. Eles foram revelados pela Folha. ...”


Resumindo: 1) levou como testemunha sua um detetive do Departamento de Ordem Política e Social do Estado da Guanabara. Este assegurou que o cantor era informante do Dops. 2) Outra testemunha de defesa, um oficial do 1° Exército, afirmou que o réu colaborava com a unidade. 3) O juiz sentenciou: Simonal era colaborador das Forças Armadas e informante do Dops’. 4) Em 1976, acórdão do Tribunal de Justiça do RJ reafirmou a condição de ‘colaborador do Dops’.

Melhor acatar a sugestão de Jânio de Freitas: “Coloquem a palavra ‘dedo’, antes de duro”.

Ponto final.

Leila Jinkings

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Venezuela avaliada por intelectuais


Intelectuais venezuelanos fazem balanço da revolução

Emir Sader


Ao completar 10 anos, intelectuais revolucionários venezuelanos , todos absolutamente identificados com o processo bolivariano, mas ao mesmo tempo preocupados com os problemas que ele tem que enfrentar, se reuniram, em evento inédito, na capital da Venezuela, nos dias 2 e 3 de junho. Foram convocados pelo Centro Internacional Miranda, para fazer um balanço das “luzes e sombras” – como diz a convocatória – que o país está vivendo. A reunião contou com 40 intelectuais, entre eles o diretor do Centro, Luis Bonilla, Juan Carlos Monedero – espanhol, professor da Universidade Complutense de Madri, radicado em Caracas -, Vladimir Acosta, Luis Damiani, Luis Acuña, Iraida Vargas, Luis Britto Garcia, Santiago Arconada, Rigoberto Lanz, Miguel Angel Pérez, Carmen Bohórquez, Victor Alvarez, Eleazar Dias Rangel, Roberto Hernandez Montoya, Roland Denis, Fausto Fernandez, Daniel Hernandez, Filinto Duran, Mario Sanoja, Marta Harnecker [chilena radicada em Cuba], Aram Aharonian [uruguaio radicado em Caracas]. Leia a íntegra do texto.


Aqui, alguns dados para conhecer melhor a Venezuela de hoje:


incremento do IDH (esperança de vida, nivel educativo e renda per capita) desde 1998: 27,7%gasto social desde 1998: aumento de 1.641%

gasto social como porcentagem do PIB: 1998- 11,2%; 2007: 20,2%

pessoas na extrema pobreza: 1999:20,1%; 2007: 9,5%

desemprego: 1999: 16,6%; 2007: 7%

numero de aposentados com pensão: 1999: 387 mil; 2008: 1.217.000; aumento de 214%

população beneficiada pelo Programa de Alimentação Escolar: 1998: 252 mil; 2007: 3.996.000; médicos de atenção primaria: 1998: 1628; 2007: 19.571

vidas salvas pela Missão Bairro Adentro: 2003: 8733; 2008: 91.663

crescimento do PIB: 2004: 18,3%;2005: 10,3%;2006: 10,3%;1007: 8,4%; 2008: 8%

porcentagem de apoio ao presidente Hugo Chavez: 68,8%;
de apoio ao governo: 54%

porcentagem dos venezuelanos que não confiam nos noticiarios da televisão: 66%;

porcentagem dos que não confiam na imprensa: 58%;
porcentagem dos que não confiam nas ONGs: 72%

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As respostas que a mídia e os políticos de oposição não querem.



Por que os jornais investem contra o blog da Petrobras?

por Luiz Carlos Azenha

1) Porque perdem o "monopólio da informação" e, com isso, autoridade sobre o público;

2) Porque os leitores agora podem saber quais são TODAS AS PERGUNTAS feitas pelos jornais à Petrobras;

3) Porque comparando todas as perguntas feitas pelos jornais e todas as respostas dadas pela Petrobras com o que é efetivamente publicado os leitores podem descobrir as manipulações feitas com as respostas no processo de edição;

4) Porque essa comparação permite ao público descobrir quais as respostas da Petrobras serão simplesmente omitidas do jornal impresso para não "atrapalhar" a pauta;

5) Porque comparando as perguntas feitas pelos diferentes jornais, o público pode entender que há gente alimentando simultaneamente os jornais com informações em busca de levantar a bola para a CPI;

6) Porque as perguntas fornecem pistas sobre quem está alimentando os jornais com o objetivo de criar o "escândalo" necessário ao sucesso do palanque eleitoral da CPI;

7) Porque essas pistas poderão levar o público a descobrir que os jornais são usados em campanhas eleitorais ou com objetivos inconfessáveis, como o de entregar o pré-sal a empresas estrangeiras;

8) Porque o blog da Petrobras desloca público do jornal impresso para a internet, onde o público poderá receber informações, por exemplo, sobre como a grande imprensa brasileira atacou Getúlio Vargas quando ele criou a Petrobras;

9) Porque todo esse processo pode deixar claro que a grande imprensa não é isenta, nem imparcial, nem honesta; que diz não ter lado, mas tem; que está a serviço de "uma causa", assim como esteve quando fez campanha contra a criação da Petrobras ou em favor do golpe militar de 1964;

10) Porque eles ainda não sairam do século 20.

Vá ao blog da Petrobras e contribua com a investigação dos jornais

É por isso que o Viomundo apóia o controle social dos gastos de publicidade de governos, órgãos e empresas públicas.

sábado, 6 de junho de 2009

Biblioteca Digital Mundial - World Digital Library (WDL)


A Biblioteca Digital Mundial disponibiliza na Internet, gratuitamente e em formato multilíngue, importantes fontes provenientes de países e culturas de todo o mundo.
Os principais objetivos da Biblioteca Digital Mundial são:
Promover a compreensão internacional e intercultural;
Expandir o volume e a variedade de conteúdo cultural na Internet;
Fornecer recursos para educadores, acadêmicos e o público em geral;
Desenvolver capacidades em instituições parceiras, a fim de reduzir a lacuna digital dentro dos e entre os países.
Estes tesouros culturais incluem - mas não estão limitados a - manuscritos, mapas, livros raros, partituras, gravações, filmes, gravuras, fotografias e desenhos arquitetônicos.
Os ítens da Biblioteca Digital Mundial podem ser facilmente pesquisados por lugar, período, tema, tipo de item e instituição contribuinte, ou podem ser localizados por uma pesquisa aberta, em vários idiomas. Características especiais incluem agrupamentos geográficos interativos, cronologia, sistema avançado de visualização de imagens, além de capacidades interpretativas. Descrições relacionadas aos ítens e entrevistas com curadores sobre os ítens apresentados fornecem informações adicionais.
Ferramentas de navegação e descrições de conteúdos são fornecidas em árabe, chinês, inglês, francês, português, russo e espanhol. Muitos outros idiomas estão representados nos livros, manuscritos, mapas e fotografias reais e em outros materiais essenciais, que são fornecidos em seus idiomas originais.
A Biblioteca Digital Mundial foi desenvolvida por uma equipe da Biblioteca do Congresso dos EUA, com contribuições de instituições parceiras em muitos países, o apoio das Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e como segundo país contribuinte, do Brasil.
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sexta-feira, 5 de junho de 2009

IESB e Democracia: na prática, a teoria é outra




Muitas manifestação contra a decisão inesperada do IESB, demitindo os melhores professores do curso de jornalismo. Não temos elementos, ainda, para avaliar o que significou para os demais cursos. Se as razões são as alegadas, demonstra uma temerosa e inadimissível falta de planejamento em uma instituição de ensino superior.

Segue uma das notas que circulam:

Fomos surpreendidos na manhã de 03 de maio, com um comunicado, da direção do IESB, dando conta da demissão de professores que não possuem especialização, além da graduação.

A decisão visa atender aos requisitos formais para transformação do IESB em universidade, o que é justo para garantir maior destaque à instituição.

A medida, no entanto, principalmente para o curso de Jornalismo, não garante necessariamente o aumento da qualidade do ensino, notadamente por atingir a profissionais cujo histórico da prática jornalística nos diferentes campos de atuação lhes confere importância indispensável à preparação do profissional para o mercado de trabalho.

Consideramos inoportuna e precipitada a decisão institucional.

Professores da excelência de Leandro Fortes, Olímpio Cruz, Lívia Sganzerla Jappe, Flávia Rochet, Raquel Cantarelli e F. Grossi dignificam o corpo docente desta instituição e a perda destes profissionais certamente representará diminuição da qualidade do ensino no IESB.

A nossa surpresa, face à forma como se deu a comunicação da decisão, de modo estranhamente silenciosa, soma-se a uma grande dúvida quanto aos reais objetivos de tantas demissões que se revela uma ação caracterizadamente corporativa, sem nenhum compromisso de caráter humanístico com seus servidores.

Por outro lado, a pressa com que se deu o fato caracterizou um arbítrio institucional condizente mais com antigas tradições despóticas extemporâneas.

Esperamos, portanto, que o IESB reconheça o erro que causou ao nosso aprendizado e avalie a recondução dos nossos professores. O reconhecimento engrandecerá a direção da instituição e, ao mesmo tempo, corrigirá uma atitude que consideramos prejudicial à nossa formação.

Anulem as demissões! Conversem com a comunidade discente.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Agenda Cultural O Noticiarista



O amigo Rubens estará integrando, de 5 a 7 de junho, o elenco da peça "O Noticiarista, no CCB. Estaremos lá, os colegas.

É o mais novo espetáculo da En’Cena. O Noticiarista - Comédias Cotidianas narra situações engraçadas do nosso dia-a-dia, sob o olhar de um cronista fictício. A direção é de Élia Cavalcante e no elenco estão 20 atores a fim de fazer a galera rir.

Nos dias 5, 6, 7, 12, 13 e 14 de junho de 2009 no Teatro do CCB - Centro Cultural de Brasília, 601 Norte.

Direção Geral: Élia Cavalcante / Direção Musical: Waldomiro Alves / Iluminação: Kândrea Nascimento / Sonoplastia: Ednaldo DaMata / Elenco: En'Cena Cia. Teatral
Produção: Actus Produções

Telefone do Centro Cultural de Brasília: 61 3426-0400

BRASIL NUNCA MAIS

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