domingo, 25 de janeiro de 2009

Câmara de Deputados apóia decisão de Tarso em carta oficial


Ao Excelentíssimo Senhor
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Presidente da República

Assunto: Apoio a concessão do refúgio político a Cesare Battisti

Senhor Presidente,

Como presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDHM), manifestamos nosso apoio à decisão do ministro da Justiça, Tarso Genro, de conceder ao ativista político e escritor italiano Cesare Battisti refúgio político no Brasil.

Tal posição decorre do nosso entendimento de que a condenação imposta a Battisti, com base na qual foi pedida sua extradição, ocorreu num contexto de excepcionalidade política e jurídica, pois é fato histórico que naquele período - anos 1970 - o estado italiano exercia forte papel persecutório a militantes de esquerda.

Julgado e condenado por crime de subversão e não por terrorismo ou homicídio, Battisti só foi acusado desses crimes posteriormente, num processo com um único e nunca comprovado testemunho, obtido por meio de delação premiada.

Passadas três décadas do contexto bipolar da Guerra Fria em que Cesare Battisti foi sentenciado, o esforço de políticos italianos conservadores em impor ao refugiado a prisão perpétua só pode ser interpretado como um anacrônico ranço ideológico. Esse viés ideológico se denuncia na desrespeitosa reação desses políticos ante a decisão soberana do Estado brasileiro.

Ao sustentar com serenidade a decisão tomada pelo Ministro Tarso Genro, Vª Exª, Presidente Lula, age com a mesma sabedoria do presidente francês François Mitterrand, que garantiu o asilo e a não extradição de Battisti e de outros perseguidos políticos italianos.

Ao conceder refúgio político a Cesare Battisti no Brasil, o Estado brasileiro age em inequívoca consonância com nossa Carta Magna, que veda a extradição motivada por crimes políticos e estatui que, neste país não haverá penas de morte ou de caráter perpétuo (art. 5º, XLVII, “a” e “b”). Também o faz com o respaldo da Legislação Brasileira, clara ao normatizar a extradição, por meio do Estatuto do Estrangeiro (Lei nº 6.815/80), artigo 77, incisos III e VII, in verbis:

“Não se concederá a extradição quando:
(...)
III – O Brasil for competente, segundo suas leis, para julgar o crime imputado ao extraditando;
(...)
VII – o fato constituir crime político.

Por ter sido condenado a prisão perpétua com motivação política, à revelia, e diante do contexto de colisão ideológica, são plenamente justificáveis os temores do cidadão refugiado sobre sua integridade física nas prisões italianas.

Como lembra o professor emérito da Faculdade de Direito da USP Dalmo de Abreu Dallari, " a concessão do estatuto de refugiado a Cesare Battisti é um ato de soberania do Estado brasileiro e não ofende nenhum direito do Estado italiano nem implica desrespeito ao governo daquele país, não tendo cabimento pretender que as autoridades brasileiras decidam coagidas pelas ofensas e ameaças de autoridades italianas ou façam concessões que configurem uma indigna subserviência do Estado brasileiro".

Ao apoiar a concessão do citado refúgio político, a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados mantém seu posicionamento aprovado em moção de 03/09/2008, pela unanimidade de seu plenário, que defendia o refúgio político como gesto humanitário e juridicamente perfeito, sem dúvida o único condizente neste caso com os princípios contidos na Declaração Universal dos Direitos Humanos e no Direito Internacional Público.


Atenciosamente,

Deputado POMPEO DE MATTOS
Presidente da CDHM
Brasília, 23 de janeiro de 2009

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O vômito da mídia


Da azia à má digestão


O jornalista Mair Pena Neto, da agência Reuters, analisou nesta quarta-feira, no blog Direto da Redação, a reação da mídia diante da justificada “azia” que os jornais causam ao presidente Lula e que provocou intensa “indigestão” na imprensa, a vomitar suas habituais críticas.

“Por mais inadequada que tenha sido a declaração do presidente Lula de que não lê jornais para não ter azia, a reação de boa parte da imprensa, visivelmente incomodada com a ironia, foi de desqualificação e rancor, quando deveria suscitar a reflexão sobre a relevância dos jornais, se são, de fato, ignorados pelo presidente”, disse Mair. Ou pelos leitores de visão crítica, acrescentemos.

Para ele, o “vômito” da imprensa foi focado em suposta inaptidão para o cargo de alguém que afirma não ler jornais. Impossível para mais de 80% de brasileiros, dos mais variados níveis sociais, culturais, econômicos, etários, geográficos e de escolaridade, que lhe atestam aptidão. Sem falar do seu reconhecido envolvimento no debate de todas as grandes questões mundiais da atualidade.

Pena Neto constata que a imprensa não tolera crítica e reage corporativamente: Há algo errado no fato de um presidente que não lê os jornais ser considerado um líder tão importante. “Talvez Lula não veja nos jornais a pluralidade e o debate importante da realidade brasileira, que poderia ajudar em suas decisões”. Talvez a oposição sistemática a ele o faça recorrer a outras fontes.

Os jornais são, em geral, uniformes, tendenciosos e preconceituosos na visão do atual governo. Para o jornalista, o sal de frutas para a “azia” poderia ser uma revisão da cobertura política, com análise profunda, para que os jornais voltem a ser leitura indispensável de qualquer líder político.

No Boletim Boletim H S Liberal
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quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

O Falso Déficit da Previdência


História antiga, essa do décit, do rombo, etc. A mídia tem um interesse claro: dificultar a compreensão. Para fotalecer o mito e o discurso contra as políticas inclusivas. O problema é que a equipe de governo, muitas vezes, contribui com os anti-inclusão.


Missão da Previdência Social:


“Garantir proteção ao trabalhador e sua família, por meio de sistema público de política previdenciária solidária, inclusiva e sustentável, com o objetivo de promover o bem-estar social.”¹

Muito oportuno o artigo de Nassif que reproduzo abaixo:


O Falso Déficit da Previdência

por Luis Nassif


Na gestão Nelson Machado, a Previdência Social passou a divulgar de forma correta os dados de arrecadação. Separou o Regime Geral da Previdência (contribuições e benefícios pagos pela massa segurada) de políticas sociais (aposentadoria rural) e incentivos fiscais (isenção para pequena e micro empresa, clubes de futebol e entidades filantrópicas).


Com isso, mudou radicalmente a natureza do debate. Políticas sociais e benefícios fiscais têm que ser contabilizados no orçamento federal, não no orçamento da Previdência - uma conclusão óbvia.


Com, a entrada do novo Ministro, retornou-se ao velho sistema de divulgação de dados agregados, que é incorreto e serve apenas para fortalecer o discurso dos que pretendem reduzir gastos sociais².


Confira os dados.


Quando se analisam os dados agregados, constata-se uma redução no “déficit”, mas que o situa ainda na faixa de 1,25% do PIB, ou R$ 36,2 bi.


Quando se analisa a Previdência Social propriamente dita (do setor urbano), o déficit cai para meros R$ 1,1 bi, ou 0,03% do PIB - arrecadação de R$ 158,3 bilhões para despesas de R$ 159,5 bilhões.


A aposentadoria rural - que é política social, não política previdenciária - custou R$ 35 bi.




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Césare: refletir e argumentar?



A polêmica sobre a concessão de refúgio político a Césare mantém acesa uma polêmica provocada pela instigação da nossa mídia.

Pessoas falam de terrorismo e de assassinato sem sequer entender sobre o que estão dizendo. O lobby italiano é desrespeitoso e a mídia é subserviente e conivente com o discurso conservador.

Sugiro a leitura do artigo publicado pelo valor Econômico e reproduzido por Nassif:


terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Intelectuais Judeus confirmam identidade do Gueto de Gaza

Os Protocolos apenas mudaram de mãos

Na contramão da confusa nota dos 36 petistas - que sentiram-se ofendidos diante da carapuça vestida pelos nazi-sionistas - intelectuais judeus, maioria de ingleses, assinaram um manifesto publicado no The Guardian condenando o genocídio promovido por Israel em Gaza. Acusam Israel de cometer crimes de guerra e fazem analogia com o Gueto de Varsóvia. Além disso, sugerem que a Inglaterra faça o que fez Hugo Chaves e Evo Morales, retirando seus embaixadores de Israel e participando de boicotes e sanções.

Eis a publicação:

“Nós que firmamos abaixo somos todos de origem judia. Quando vemos os mortos e os ensanguen-tados corpos de crianças pequenas, os cortes de água, de eletricidade e de comida, lembramos o cerco ao Gueto de Varsóvia. Quando Dov Weisglass, assessor do primeiro ministro israelense, falou em pôr os habitantes de Gaza 'para fazer dieta' e o vice-ministro de Defesa, Matan Vilnai, falou que os palestinos iam experimentar “uma maior shoah” (um maior holocausto), isso nos lembra o governador-geral Hans Frank, na Polônia ocupada pelos nazis, que falou de 'morte pela fome'.

O verdadeiro motivo do ataque a Gaza é que Israel só deseja tratar com os colaboracionistas. O principal crime de Hamas não é o terrorismo, mas sua negativa a se converter num fantoche em mãos do regime de ocupação israelense na Palestina.

A decisão tomada no mês passado pelo Conselho da União Européia de melhorar a categoria de suas relações com Israel, sem nenhuma condição específica sobre direitos humanos, tem alentado uma maior agressão israelense. A hora de aplacar Israel já passou faz tempo. Como primeiro passo, a Inglaterra deve retirar seu embaixador de Israel e, da mesma forma como se agiu com o apartheid da África do Sul, estabelecer um programa de boicote, desinvestimento e sanções”.

Entre os que assinam o documento destacamos, os ingleses Miriam Margolyes, atriz consagrada de teatro e cinema, atuou no papel da professora Sprout no filme sobre Harry Potter e em filme sob a direção de Martin Scorcese; Bella Freud, estilista de moda e neta de Sigmund Freud; Ben Birnberg, advogado de direitos civis que atua na defesa de direitos dos pequenos acionistas; Haim Bresheeth, cineasta e fotógrafo; Tony Greenstein diretor de um centro de combate ao desemprego do Congresso de Sindicatos (Trade Unions Congress); Abe Hayeem, arquiteto, fundador e integrante da organização Arquitetos e Projetistas pela Justiça na Palestina; Les Levidow, filósofo, um dos idealizadores do Fórum Social Europeu, inspirado no Fórum Social Mundial; Jonathan Rosen-head, professor da Escola de Londres de Economia e Ciência Política; israelenses como Yehudit Keshet, fundadora da organização Vigília sobre Postos de Controle, que denuncia as atribulações a que os palestinos são submetidos nos postos policiais militares espalhados pela Palestina Ocupada e Moshe Macho-ver, matemático e um dos fundadores da organização Matzpen, que reuniu anti-sionistas israelenses durante os anos 1960 e 1970 e a norte-americana Debo-rah Fink, escritora, que publicou livros sobre mulheres camponesas nos EUA.

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segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

50 Anos da Bossa Nova



Programa Sarau, de Chico Pinheiro, nos 50 anos da Bossa Nova.
Carlinhos Lyra, sua filha Kay Lyra (grata surpresa), Vanda Sá, Leny Andrade e Marcos Vale.
Beleza.

Boicote a Produtos de Israel




O passado e o futuro ao ritmo das conveniências e hipocrisias



"Há uma crítica ideológica dos mesmos setores da imprensa que, quando eu discuti a questão da tortura, diziam que era uma questão do passado e que temos que olhar para o futuro.
Estes mesmos fazem uma crítica dizendo que tem que [no caso Battisti] fazer um juízo político sobre o passado."


Ministro Tarso , na Folha de São Paulo, em 16 de janeiro
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sábado, 17 de janeiro de 2009

Tania Libertad canta lindamente Alfonsina y el Mar

A música é Alfonsina y el Mar, composta pelos argentinos Ariel Ramírez e Félix Luna, em homenagem à poeta Alfonsina Storni,que suicidou-se entrando no mar.
Tania Libertad, é peruana radicada no méxico e canta com rara beleza.


No Café Torloni, em Buenos Aires, da esquerda para a direita, Borges, Gardel,
Alfonsina, eu e minha mãe Isa Jinkings.

exPresidente Italiano afirma: havia sim perseguição à Césare

Na Última Instância, voltada para a área jurídica, matéria revela a afirmação do ex-presidente da Itália de que havia perseguição política a Césare e às militâncias de esquerda em geral. Pena que não é publicada no espaço reservado às notícias jornalísticas, onde a predominância é de matérias desinformativas e infundadas, com pitadas de humor. Ora repetem as sandices do juiz demotucano e outras diabruras, ora reproduzem editoriais e opiniões que desprezam as regras mínimas do jornalismo (queiram ou não, um artigo ou crônica é livre de estilo e de opinião, mas não pode carregar mentiras e fantasias como se verdade fossem).
É conferir. Com direito a ler a carta no original (link após o texto).

Em carta, ex-presidente italiano admitiu perseguição política a Cesare Battisti

Por William Maia , na Última Instância, revista jurídica do UOL

O ex-presidente italiano Francesco Cossiga admitiu em carta endereçada ao ex-militante comunista Cesare Battisti ter existido perseguição política do governo italiano, de setores da imprensa, de sindicatos, além do próprio Partido Comunista e da Democracia Cristã italiana, contra organizações radicais de esquerda e de direita.

Confira no fim da página a integra do documento, conseguido com exclusividade por Última Instância.

De acordo com a carta, data de fevereiro do ano passado, o hoje senador Cossiga, afirmou ter existido um acordo para, em um instrumento de “luta psicológica”, “fazer passar os subversivos de esquerda e os subversivos de direita como simples terroristas, ou absolutamente como criminosos comuns”.

Cossiga começa o texto lembrando que nas décadas de 70 e 80, quando foi primeiro-ministro e ministro do Interior, foi um “duro opositor da subversão de esquerda e de direita” e que por ter usado “meios fortes” para reprimi-la, passou a ter seu nome redigido com ‘k’ e com letras ‘s’ em estilo rúnico, que remetiam ao nazismo.

O ex-presidente ressaltou ainda que os delitos cometidos pelos militantes não podem ser considerados transgressões comuns. “Os crimes que a subversão de esquerda e a subversão de direita cumpriram, são certamente crimes, mas não certamente ‘crimes comuns’, porém ‘crimes políticos’”.

Ao final, Cossiga autoriza Cesare Battisti a utilizar a carta como desejar, inclusive com valor jurídico.

O caso

Na última terça-feira (13/1), o ministro Tarso Genro revogou decisão do Conare (Comitê Nacional para os Refugiados) e concedeu refúgio ao italiano Cesare Battisti, causando protestos do governo italiano.

O escritor, que integrou na década de 1970 a organização radical de esquerda PAC (Proletários Armados pelo Comunismo), e foi condenado pela Justiça da Itália pela suposta participação em quatro homicídios.

Battisti nega a autoria dos crimes e alega ser vítima de perseguição política. Seus advogados no Brasil, argumentam que o italiano não teve direito à ampla defesa no julgamento que levou à condenação.

Em 1993, a Justiça italiana reabriu o caso dos assassinatos, que ocorreram entre 1977 e 1979, e acusou o ex-militante baseado no depoimento de um ex-integrante da PAC, que foi beneficado com a delação premiada.

Carta original em italiano / Tradução da carta em português

http://ultimainstancia.uol.com.br/noticia/61156.shtml


Leia ainda: http://noticias.uol.com.br/politica/2009/01/16/ult5773u394.jhtm


http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u490573.shtml
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sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

GENOCÍDIO

“Vão! E levem daqui a morte de vocês!”


Belo poema de Mahmoud Darwish (1941-2008). Poeta palestino, ele testemunhou a destruição de sua aldeia, Al Birweh, durante a implantação do Estado de Israel em 1948.


Confissão de um terrorista!

Mahmoud Darwich


Ocuparam minha pátria

Expulsaram meu povo

Anularam minha identidade

E me chamaram de terrorista


Confiscaram minha propriedade

Arrancaram meu pomar

Demoliram minha casa

E me chamaram de terrorista


Legislaram leis fascistas

Praticaram odiada apartheid

Destruíram, dividiram, humilharam

E me chamaram de terrorista


Assassinaram minhas alegrias,

Seqüestraram minhas esperanças,

Algemaram meus sonhos,

Quando recusei todas as barbáries


Eles... mataram um terrorista!


(Enviado por Nanda Tardin )

O Gueto de Gaza, por Urda Alice



Gueto de Gaza [i] (trechos)
Por Urda Alice Klueger, no Le Monde Diplomatique


“Vejo as notícias e as fotos na Internet, e sei de tantas coisas, faz tanto tempo! Sei como os meus irmãos da Palestina tem que suportar o cheiro nauseabundo do lixo em decomposição, pois o Estado de Israel não deixa sequer que de lá se retire o lixo... e sei das crianças palestinas que são feridas por obuses lançados por tanques enquanto brincam, e que morrem de hemorragia nos portões do seu gueto porque insensíveis membros do exército israelense dizem que só dali a tantas horas tal portão poderá ser aberto, para a criança chegar a um hospital... “
“Mil páginas seriam poucas para enumerar todos os horrores que sei, que tenho lido, tenho sabido, tenho aprendido sobre o que o governo de Israel faz com o Gueto de Gaza sob os olhos de todo o mundo, como se ninguém se importasse. O espaço, aqui, não permite entrar nas causas históricas dos acontecimentos, mas é bom aprender a respeito, para se entender que Israel não tem razão, que as barbaridades que vêm desde a década de 1940 são das mais abjetas da humanidade.”
“O que me horroriza ainda mais, neste momento, são as fotos que não param de chegar de Gaza, de crianças carregadas nos braços dos pais, sem os pés e parte das pernas, com tendões e nervos que sobraram retorcidos como se fossem molas de metal, ou das fileiras de meninos e meninas nos seus trajes de frio, mortinhos, prontos para o funeral, e das caras sem consolo dos pais que ali estão, ou daquele menininho morto e ensangüentado, que o pai carrega no colo embrulhado na bandeira,...”
“um último fio que me une à esperança é a existência daquela gente de Israel que se nega ao crime, daqueles soldados israelenses que preferem a prisão do que ir assassinar seus irmãos já quase mortos de fome, frio e sede no gueto vizinho – pois Gaza hoje tem 1.500.000 habitantes trancafiados sem recursos numa área de 350 quilômetros quadrados, o que é mais ou menos a metade do tamanho desta minha pequena cidade de Blumenau...”

___________

[i] Referência ao Gueto de Varsóvia: onde 380.000 judeus foram implacavelmente mortos pelos nazistas até a última pessoa. Procurar se informar melhor a respeito. Hoje é o Estado de Israel que repete a história, matando sem piedade os palestinos da Faixa de Gaza

Leia a íntegra no Le Monde Diplomatique

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quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Recife sempre bela



Volto de ligeira e revigorante visita a Recife, sempre bela. Deixo aí o meu registro de um amanhecer na Rua da Aurora. Saudade.


"teus bairros mostram a coragem residente
e reflete a luta no olhar
dessa gente humilde que procura vencer
ensina ao Recife e ao mesmo tempo aprender
minha cidade em evidência, silêncio e harmonia
com a beleza da noite e a intensidade do dia
vamos lembrar dos mestres e poetas
vamos lembrar dos que fizeram do Recife
essa festa
vamos lembrar frei caneca, Ascenço Ferreira
Nelson Ferreira, Brennand, Canibal,
Capiba, João Cabral, Chico Science, Josu,
vamos lembrar dos batutas de São José
Mestre Salú, Ariano, Zero quatro, Roger
daqui do Alto Zé do Pinho, mandando prá você
da Nação Zumbi, nação Pernambuco,
mangaba, faceta, Faces do Subúrbio...
é o Recife que o povo daqui descobriu
do marco zero para o ano 2000

Recife eu te dou meu coração
meu coração vai nas águas do rio... "


(da música Minha Cidade de Lula Queiroga, Lenine e Zé Braw)
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quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Da responsabilidade da comunidade internacional na tentativa de extirpar os palestinos da Palestina e do planeta


Acompanhe o Mapa e Diga Quem É o Terrorista

O mapa original da Palestina é o primeiro a esquerda.
Aí os dirigentes europeus e USA-americanos, para se livrar de seus "judeus", ou para aplacar suas consciências, resolveram oferecer-lhes uma terra que não lhes pertencia.
Os novos habitantes, não satisfeitos, resolveram apossar-se de tudo. Notem que o mapa foi ficando cada vez mais branco. Os semitas palestinos iam sendo assassinados ou jogados ao mar.
Tudo em nome da paz.
E em nome da paz o mapa de Israel continuava avançando.
Os palestinos que se defendiam eram chamados de terroristas.
Hoje, aos palestinos restaram apenas 17% do território original.

Mas Israel oferece apenas 13 por cento...
O que você faria numa situação dessas?
Mas cuidado! Dependendo da resposta você poderá ser acusado de terrorismo...




quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Israel terrorista deve enfrentar o Tribunal Internacional

Brasil chama ação de Israel de " terrorismo de Estado "
Valor Online

BRASÍLIA - A ofensiva de Israel na Faixa de Gaza é " terrorismo de Estado " e se segue a um histórico de descumprimento de resoluções da ONU contra o país quanto à questão palestina, afirmou em entrevista ao Valor o assessor especial da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, elevando o tom da reação brasileira ao ataque de Israel ao grupo Hamas, que controla a Faixa de Gaza. Garcia diz que a crítica ao governo israelense não deve ser vistas como oposição a Israel, país que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer visitar este ano.

Em conversa telefônica ontem com a ministra de Relações Exteriores de Israel, Tzipi Livni, o chanceler brasileiro, Celso Amorim, em tom mais moderado, criticou a perda de vidas humanas e o uso " desproporcional " de força na ofensiva israelense contra os palestinos, invocou a necessidade de um cessar-fogo imediato e sugeriu um " possível " envio de uma missão observadora internacional.

Amorim, que invocou a " neutralidade " do Brasil no conflito, relatou a auxiliares que a ministra o ouviu " com atenção e respeito " , mas não deu resposta. O telefonema foi iniciativa da ministra.
Garcia, apesar das críticas, argumenta que o Brasil não quer favorecer nenhum dos lados no conflito, mas buscar uma alternativa aceitável para a paz na região.

" Israel é intocável, mas o governo de Israel não pode permitir que isso seja uma justificativa para qualquer tipo de ação " , argumentou Garcia, um dos principais conselheiros de Lula em política externa. Ele lembra que o governo brasileiro tem sido enfático em condenar as ações terroristas contra o Estado de Israel e o anti-sionismo.

" Quando há um atentado contra Israel, é um ato terrorista; quando uma ação do Exército israelense provoca morte de civis palestinos é uma reação de defesa? " , questionou Garcia. " Isso é terrorismo de Estado, me desculpe " , comentou, lembrando o bloqueio israelense ao abastecimento de energia e alimentos à Faixa de Gaza, sob controle de Hamas.

A estrela de David virou a suástica nazista

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Carter fala sobre as ilegalidades de Israel

APARTHEID EM ISRAEL
O ex-presidente Jimmy Carter denuncia violações dos direitos humanos nos territórios palestinos ocupados por Israel.



Vídeo disponibilizado por Luiz Azenha

APELO. Appeal from Gaza - Please Help Us!


Thu, Jan 1, 2009
Featured, General, War

Dear Friends and Supporters…
At 3:30 am, I can still hear bombs exploding all over Gaza.
We are in unbearable conditions. Israeli missiles do not discriminate. The Gaza Strip is only 360 square kilometers in area and contains over 1.5 million people, over half of whom are under 18 years old.
We live in fear, panic and terror. Using the pretext of attacking the Hamas movement and ending the rocket shelling of its settlements, Israel has completely destroyed the Gaza Strip, its infrastructure and civil society.
Israel began this war at 11:25 am, the time that children leave school. They used over SIXTY F16 warplanes. This caused large numbers of injuries among school children. About 60 children have already been killed – a total of 400 dead and 1800 injured so far. Aren’t these war crimes?
Children terrorized
Our children are traumatized. When the electricity comes on, I try to prevent them from viewing scenes of the war on TV. Whenever a bomb goes off, my young brother and nephews scream, terrified from the extremely loud explosions. I tried to calm them down by saying these are the sounds of a party outside, but these lies can no longer deceive them. They hear the roaring of the helicopters and the terrible shattering of buildings from airplane strikes.
Our children suffer panic, fear and hyperactivity. They cannot hold their urine in the day and they are wetting their beds at night, clinging to the elderly, wanting to die with the elderly and fearing to be left alone.
We have very limited supplies of basic food and no electricity for most of day. Israel imposed its cruel siege against Gaza on June 15, 2007, denying us access to essential supplies. Because of the scarcity, prices have doubled. Eighty percent live in poverty and 85 percent are unemployed.
No food, no heat
At most, we have 6 hours a day of electricity. We must wait 3-4 hours to obtain bread, which is very rare in the Gaza strip as most of the bakeries have closed for lack of flour. December and January are the coldest months here, yet we have no electricity for heating or cooking.
Gazans had no choice but to dig tunnels under the Palestinian-Egyptian boarders and smuggle food, fuel and other necessities from Egypt. Israel has bombed these tunnels on the Gaza Side.
Israeli war planes have destroyed the whole community in Gaza. Neither mosques, nor universities, nor charities, nor sport clubs, nor ministries, nor civil homes have been spared from the Israeli bombardment.
My heart is bleeding about what happened to the Islamic University of Gaza, where I graduated last July. I feel honored to have two certificates from this university, a Bachelor’s Degree in English Literature and a General Diploma in Education. Israel warplanes shelled and demolished many of the university buildings.
Buried alive
Israel practices hideous psychological warfare. Israeli authorities telephone families, calling them to evacuate their homes within 5 minutes before they are bombed. When people do evacuate, there is nowhere for them to live! If they are a few moments late, their homes collapse on their heads.
Yesterday, the Ba’lousha Family was given just two minutes to evacuate. The parents couldn’t evacuate all seven daughters in this limited time, because the children were sleeping, and the air strike was faster. FIVE daughters were buried under the rubble of their demolished home.
Please, do what you can to help us.
Blessings, Mahmoud
TAKE ACTION!
Demand that your government press for an immediate stop to the Israeli bombing.
Join a protest at the Israeli or American consulate nearest you.
susanrosental.com

DIA 02/01/2009 – SEXTA FEIRA – 15 HS

VÃO LIVRE DO MASP – AV. PAULISTA – SÃO PAULO
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DIA 02/01/2009 – SEXTA FEIRA – 14 HS
Rua Conselheiro Mafra em frente à Galeria ARS - Centro - Florianópolis

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Passeata de solidariedade a Palestina em Curitiba
Representantes de diversas entidades estiveram reunidos na última terça-feira na Mesquita Muçulmana de Curitiba para organizar uma passeata de solidariedade ao povo Palestino, e pelo fim dos ataques israelenses a Gaza.
Os participantes fundaram o Comitê Árabe Brasileiro de Solidariedade, que será encarregado de organizar as seguintes atividades: 1 – exposição diária de fotografias dos ataques israelenses a Gaza na Rua XV de Novembro; 2 – passeata saindo da Praça Santos Andrade até a Boca Maldita, passando pela rua XV de Novembro, no dia 9 de janeiro, sexta-feira, a partir das 11 horas.

Here is a list of protests being organized in US cities

José Saramago: Israel e a história de um barco

Do blog de José Saramago, sobre a relação espúria dos EUA com a matança promovida por Israel:

"Não é do melhor augúrio que o futuro presidente dos Estados Unidos venha repetindo uma e outra vez, sem lhe tremer a voz, que manterá com Israel a “relação especial” que liga os dois países, em particular o apoio incondicional que a Casa Branca tem dispensado à política repressiva (repressiva é dizer pouco) com que os governantes (e porque não também os governados?) israelitas não têm feito outra coisa senão martirizar por todos os modos e meios o povo palestino. Se a Barack Obama não lhe repugna tomar o seu chá com verdugos e criminosos de guerra, bom proveito lhe faça, mas não conte com a aprovação da gente honesta. Outros presidentes colegas seus o fizeram antes sem precisarem de outra justificação que a tal “relação especial” com a qual se deu cobertura a quantas ignomínias foram tramadas pelos dois países contra os direitos nacionais dos palestinos.

Ao longo da campanha eleitoral Barack Obama, fosse por vivência pessoal ou por estratégia política, soube dar de si mesmo a imagem de um pai estremoso. Isso me leva a sugerir-lhe que conte esta noite uma história às suas filhas antes de adormecerem, a história de um barco que transportava quatro toneladas de medicamentos para acudir à terrível situação sanitária da população de Gaza e que esse barco, Dignidade era o seu nome, foi destruído por um ataque de forças navais israelitas sob o pretexto de que não tinha autorização para atracar nas suas costas (julgava eu, afinal ignorante, que as costas de Gaza eram palestinas…) E não se surpreenda se uma das suas filhas, ou as duas em coro, lhe disserem: “Não te canses, papá, já sabemos o que é uma relação especial, chama-se cumplicidade no crime”.

Agencia France Press - Publicada en El País - 27-12-2008
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