sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Xô, Hipocrisia



Enquanto a mídia comercial e a inútil oposição (?) tentam desqualificar os projetos sociais, o mundo reconhece no Governo Lula medidas que, a longo prazo, serão fundamentais para a elevação do nível de vida no Brasil.

O Le Monde, jornal francês de grande influência, publicou reportagem sob o título “Au Brésil, une bourse pour aller à l'école”, na qual se desmancha em elogios ao Bolsa Família. Entre outras afirmações, diz que o projeto “visa fazer com que cada brasileiro possa se alimentar a contento; obrigar cada criança a cumprir seu ciclo de escolarização obrigatória de oito anos, num país onde o trabalho é legalmente autorizado apenas a partir de 16 anos; e fazer com que os mais pobres possam ser beneficiados pelos serviços públicos disponíveis nos setores da educação e da saúde, e, com isso, possam exercer seus direitos de cidadão. Por fim, ele lhes proporciona os meios necessários para participarem, nem que seja de maneira humilde, da vida econômica.”

A reportagem diz ainda que o programa Bolsa Família é o sucessor do Bolsa Escola, que foi uma experiência lançada em Brasília em 1994. “(...) O Bolsa Família acabou juntando diversos mecanismos de ajuda. Ele é atualmente o maior programa em todo mundo de transferência de dinheiro em proveito de famílias pobres”.

Ele desmente os que criticam, dizendo que, longe de tornar as famílias acomodadas, a pequena renda recebida com os projetos sociais faz com que trabalhem mais que as outras famílias. Como um dado muito positivo, cita que “A proporção de pobres no Brasil diminuiu, passando de 34%, em 2003, para 25% em 2006. A evolução do índice Gini (um coeficiente criado pelo italiano Corrado Gini, que mede o grau de desigualdade na distribuição da renda numa determinada sociedade) aponta uma redução sensível das desigualdades sociais no país no decorrer do mesmo período. Em 2007, 1,4 milhão de famílias perderam o benefício do Bolsa Família, após terem ultrapassado, indo na direção certa, o limite de pobreza.”

E os pobres leitores de Veja ainda repetem os espasmos invejosos, já tão manjados. Seriam mais felizes se procurassem a informação séria.

Seguem aqui os dois parágrafos iniciais da íntegra da matéria. Logo abaixo, disponibilizada a matéria original e a sua tradução.

Leila

No Brasil, governo paga bolsa para quem vai à escola

Por Jean-Pierre Langellier, no Le Monde


Com tradução de Jean-Yves de Neufville, no UOL Mídia Global

''Sem esse dinheiro, não daria para chegar ao fim do mês'', salienta Maria, 46 anos, uma desempregada. ''Para mim, esta é uma ajuda vital'', comenta Sandra, 43 anos, que sobrevive fazendo bicos como costureira. ''Graças a esta quantia, os meus filhos podem estudar'', conta Socorro, 45 anos, ''ao passo que no meu caso, quando eu era criança, em vez de um lápis e de um caderno, tudo o que me ofereceram foi uma pá de cavar''. Essas três mães de família brasileiras, muito pobres, fazem a mesma avaliação favorável a respeito da mais bem-sucedida das iniciativas sociais do governo Lula: o programa ''Bolsa Família''.

Implantado em 2003, este ''mecanismo condicional de transferência de recursos'' - conforme é chamado pelos especialistas - funciona com base num princípio simples. O Estado brasileiro deposita uma ajuda mensal para as famílias ''pobres'' e ''muito pobres'', com a condição de que as suas crianças, caso existam, sejam escolarizadas e que elas possam apresentar uma caderneta de vacina em dia.


Original no Le Monde

Com tradução no UOL Mídia Global

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